O vereador Leonardo Bagnara (PSD) sofreu na noite da última terça-feira, dia 14, a cassação de seu mandato, por seis voto a três. Ele respondia o inquérito desde março deste ano. Os colegas vereadores julgaram suposta falta de decoro parlamentar, por conta do vazamento de fotos e vídeos íntimos. O caso motivou denúncia dos vereadores Marcos Bastiani (PSDB), Elton Pezzi(PP) e Renato Zortéa (PSDB), juntamente com o presidente do PSDB de Muçum Renato Berté.
No julgamento, votaram a favor da cassação, o vereador Jonas Boaro (PSDB), Gilmar Marcolin(PSDB), Silvia Pelegrini (PP), Mauro Cipriani (MDB), o presidente do legislativo, Luiz Antônio Bassetto(MDB) e a vereadora Marinês Pasqualetto (PSD). Aliás, para muitos, o voto de Marinês, segunda suplente do denunciado, causou estranheza entre parte dos presentes, por fazer parte do mesmo partido do denunciado.
Fábio Michelon (MDB), Paulo César Bellotti(MDB) e Carlos Eduardo Ulmi (MDB), votaram contra o afastamento. Os denunciantes e o denunciado não participaram da decisão, seguindo determinações do regimento interno da casa.
Defesa aponta irregularidades
O advogado de Bagnara, Felipe Giaretta, aponta uma série de irregularidades na condução de todo o processo, como o não respeito a direitos estabelecidos em lei, já que, segundo o mesmo, não foi possibilitado ao vereador a produção de provas documentais.
A defesa alega irregularidade ainda quando não foi oportunizado participar do processo de votação pela cassação ou não ao vereador, Alex Fronchetti(PSD), o primeiro suplente de Leonardo Bagnara, mas sim de sua segunda suplente. “Vamos aguardar a publicação do decreto legislativo que a formaliza a cassação, para es estudar as medidas. Não concordamos com a forma com que o processo foi conduzido e, por isso, a defesa deverá questionar junto ao Poder Judiciário”, pontua.
Golpe dos Nudes
A divulgação de fotos e vídeos íntimos gravados por Bagnara no banheiro de sua casa, os quais ele teria encaminhado para uma suposta jovem, é o motivo da apuração. No entanto, segundo Bagnara, ele foi vítima do conhecido “golpe dos nudes”. Na sessão do dia 22 de fevereiro, ele se manifestou sobre o caso e disse ter registrado boletim de ocorrência, já que foi lhe solicitado, por diversas vezes, valores em troca do não vazamento do conteúdo.
Este tipo de crime motivou mandados de busca e apreensão em várias partes do Estado nos últimos meses. A polícia diz que as vítimas em muitas vezes são homens com cargos públicos.
O processo de requerimento de cassação do vereador se deu por meio de uma votação. Na oportunidade, foram cinco votos favoráveis, onde, além dos vereadores autores da ação, votaram a favor os colegas Mauro Cipriani (MDB) e Luiz Antônio Bassetto (MDB). Após o processo foi instaurada a Comissão Processante.
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