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#ColunaAgro | Brasil registra recorde de exportação de carne bovina em 2023

Na Alemanha, mais de 1.500 produtores rurais tomaram as ruas de Berlim, em frente ao Portão de Bradenburgo, para protestar contra o governo. O descontentamento é devido a retirada de subsídios e incentivos fiscais em combustíveis como óleo diesel. Essa medida encarecerá a atividade, tornando-a para muitos produtores insustentável, além disso, está prevista a redução da isenção de impostos para tratores.
O governo subsidia parte dos combustíveis, que são utilizados desde a produção dos alimentos até o transporte para os consumidores. A maior crítica é devido à preocupação dos produtores, devido a inversão dos valores e da agenda, que tem deixado de ser produtivista, e tem se tornado cada vez mais do interesse da classe média a alta, com demandas sociais de sustentabilidade, forçando os custos de produção para cima, e reduzindo a produtividade.
O movimento tem sido pacífico, e milhares de tratores agrícolas são vistos nas ruas, carregando cartazes com críticas como “O governo está abandonando o setor agrícola”, “preço justo para a produção agrícola”, entre outros.
A pressão sobre os custos de produção, e o acirramento entre os custos e o lucro, são um desafio para permanência na atividade rural, fazendo com que as famílias de agricultores se sintam ameaçadas. Conforme declarou o perito em agricultura da Greenpeace da Alemanha, Martin Hofstetter ao EuroNews “Se, de um dia para o outro, cortássemos todos os subsídios, muitos agricultores agrícolas diriam, sem dúvida, que já não há perspectivas e não quereriam que os seus filhos seguissem esta profissão. Por outro lado, temos também um forte empenho em continuar a explorar as terras e o desejo de continuar”. Na foto registrada por Frisztian Bocsi, a agricultora alemã Cynthia Frey protesta: sem nós, você estaria com fome, nu e sóbrio! E assim seguem os produtores ao redor do mundo, buscando reconhecimento e preços justos para a sua produção.

Brasil registra recorde de exportação de carne bovina em 2023

O Brasil exportou um recorde de 2,536 milhões de toneladas de carne bovina e 2023, sendo 8,15% a mais em relação ao ano de 2022, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Porém, esse maior volume exportado não acompanhou a receita, visto que houve queda de 17,5% no preço médio pago.
A China é o maior importador de carne brasileira, sendo responsável por quase metade do volume exportado. O segundo país que mais se destina carne brasileira são os EUA, e em terceiro lugar o Chile. O maior volume exportado, é o reflexo dos preços em queda, além da produção recorde, o que pressiona os produtores a liquidarem os animais para manutenção dos custos.
Segundo Lygia Pimentel, do Forbes Agro, quando o negócio das carnes está ruim, o produtor liquida e reduz a produção. Considerando que o Brasil responde em torno de 17% da oferta global de carne bovina, espera-se que haja reflexos nos preços, devido a esta master da economia: os efeitos da oferta e demanda.

Mark Zuckerberg e a pecuária

O bilionário e fundador da rede social Facebook, anunciou em suas redes sociais que se tornou pecuarista. A produção pecuária escolhida, é a produção de carnes de nicho de mercado, com uma das raças mais caras do mundo, a famosa Wagyu. A carne do bovino da raça Wagyu, é famosa pelo seu marmoreio, que é a característica de qualidade da carne, que devido a inserção de gordura intramuscular, confere maciez superior.
A raça é de origem japonesa, que além da característica genética, recebe cuidados especiais em sua alimentação. Segundo Mark, os bovinos deverão ser suplementados com cervejas e macadâmias, um tipo de castanha de alta qualidade e de alto valor comercial. Isso tudo, sendo cultivado dentro da sua propriedade, que se localiza no Kauai, Havaí, em um arquipélago Norte Americano.
Aqui no Brasil, os cortes do Wagyu são encontrados em restaurantes e casas de carne especializados, com o preço médio do quilograma variando de R$ 600 a 1.000.
As informações são do Portal globo.com.

Clima

O Fenômeno El Niño começa a perder força após atingir pico em janeiro.
Os impactos do evento atual poderão durar até abril, deixando espaço para que o La Niña volte a partir do fim de abril, mas com maior probabilidade no início do mês de julho. A maior parte dos eventos El Niño, principalmente os eventos de maior intensidade, são seguidos de eventos de La Niña, devido a alta intensidade dos fenômenos que tivemos nos últimos anos safras.
Por hora, o que podemos fazer é acompanhar as previsões, para melhor organização do calendário de plantio e dos manejos de inverno. Ao que tudo indica até agora, teremos um inverno um pouco mais seco.

Feijão

As lavouras de feijão pelo Estado seguem em ritmo de implantação e estabelecimento.
A região Nordeste do Estado, cultiva agora a primeira safra da cultura. O clima tem favorecido a implantação e o bom desenvolvimento inicial das plantas, fazendo com que a expectativa de produção seja boa, com produtividade média esperada de 1,7 toneladas por hectare. Segundo A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (SEAPDR/RS), a área plantada em nosso Estado, deve chegar próximo a 30 mil hectares na primeira safra.
Que seja uma boa safra para esta leguminosa, tão importante para a mesa do brasileiro, e que nos últimos anos só tem perdido espaço em nosso dia a dia.

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