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Covid: Prefeito de Putinga diz que é contrário à vacinação em massa de crianças

Publicado originalmente por Eco Regional. Adaptado.

O médico Paulo Lima, atual prefeito do município de Putinga, distante 60 km de Encantado, disse em entrevista ao Eco Regional ser contrário à vacinação em massa de crianças menores de 12 anos. Sobre eventos, na cidade eles ocorrerão normalmente: “Vai quem quer”, diz.

“A pandemia se mantém, ainda mais agora que tivemos uma maior integração social simbolizada no Réveillon, no período de veraneio e que deve se acentuar mais ainda no Carnaval. Isso trouxe uma nova gama de pessoas contagiadas com a Covid-19 e as suas variantes, sendo a Ômicron a mais recente”.

O prefeito médico disse ainda que “estamos vivendo há praticamente dois anos e meio em função da Covid-19, e as pessoas que se integram, as que viajam, as que vão em festas, as que frequentam bares e restaurantes estão muito bem informadas e esclarecidas quanto aos riscos”, e ressaltou a importância da prevenção, e que a população deve saber se comportar:

“Desde a criança até o idoso, todos sabem que é importante usar máscaras, todos sabem que o álcool gel é fundamental, todos sabem que a higienização das mãos é importante, todos sabem que a aglomeração piora a situação.

Responsabilidade do Poder Público

Desta forma, não é mais uma responsabilidade do Poder Público determinar se fecha ou abre algum lugar. Não cabe ao Poder Público cercear a liberdade das pessoas, do comércio, de toda e qualquer atividade. As pessoas estão vacinadas com uma, duas, três doses da vacina, e tem aquelas que não tem nenhuma. É uma questão muito pessoal, cada um faz aquilo que quer fazer, é uma diretriz do Governo Federal, mas adotar regime de vacinação é uma opção das pessoas, como é a opção dos donos de estabelecimentos exigirem vacina ou não para entrada dos clientes”, pontua.

Lima afirma que o número de infectados deve aumentar muito, porém a letalidade do vírus já está claramente menor, visto o grande número de pessoas contaminadas, mas o baixíssimo número de internações e óbitos.

Complicações

“O que temos é morte por complicações da vacina, que está causando alguns casos conhecidíssimos, que a imprensa está divulgando. Eu tomei duas doses e não vejo necessidade de fazer uma terceira, mas há aqueles que tem riscos maiores de saúde, há pacientes que são saudáveis, os que já passaram pela doença, então não há um padrão de ação.

O atendimento é individualizado e cada paciente tem que procurar o seu médico e avaliar o seu caso. Em alguns casos há indicação formal, há casos em que a vacina é contraindicada, ou outro em que se trata de uma escolha do paciente”, frisou.

Conforme ele, a função do Poder Público agora é de esclarecimento, infraestrutura e deixar que as pessoas tomem a melhor decisão, desde que se respeite o próximo. “O nosso Posto de Saúde tem a obrigação de colocar a vacina à disposição da população, mas não pode obrigar as pessoas a se vacinarem, pois já não há mais uma falta de esclarecimento quanto a isso”, disse.

Ele alerta quanto aos efeitos colaterais de complicação pela vacina. “Como médico já atendi muitos casos de complicação pela vacina. A frase ‘tomei a vacina de manhã e passei muito mal de noite’ é praticamente corriqueira. As pessoas sentem dor muscular, cefaleia, indisposição geral, febre, e os relatos mais graves são de pericardite (inflamação em torno do coração), ameaças de infarto, pneumonite (inflamação pulmonar), embolia pulmonar, enfim”, lista.

Prefeito se posiciona contra a vacinação infantil

 “Eu sou favorável à vacina criteriosa, ou seja, a vacina indicada pelo pediatra, pelo médico assistente, em determinadas crianças que têm um risco maior de contágio.

A vacinação em massa e obrigatória eu sou veementemente contra. Acho que as questões precisam ser avaliadas, o número de casos de crianças menores de 12 anos não preenche critérios para que nós façamos uma vacinação em massa, neste momento.

Hoje as vacinas são novas e o número de efeitos colaterais é imenso perto da efetividade. Acredito que ao longo do tempo, com o passar dos anos, a efetividade vai aumentar e os efeitos colaterais vão cair, aí teremos mais segurança na vacina.

Mas neste momento, eu como médico, não recomendo a vacinação para menores de 12 anos sem que haja uma real necessidade”, destaca.

Recado:

“Que tenha consciência do que representa a Covid-19. Que saiba, ouça e siga os padrões de prevenção. As máscaras estão aí para serem usadas. O álcool gel está aí para ser usado, lavem as mãos.

Quero que as pessoas sigam suas vidas, mas tomem os seus cuidados. Não podemos nos esconder atrás da porta ou embaixo da cama porque quando botarmos o pé fora de casa o vírus vai estar ali, nos esperando. Se exponha quando for necessário se expor. Avalie a necessidade de realmente ir. As festas vão ser feitas, as programações vão seguir, vai quem quer, participa quem quer e toma cuidado quem quer.

Mas peço: respeite aquelas pessoas que querem ter os cuidados”, concluiu.

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