Das 21 associações de água existentes e registradas em Encantado, 19 compareceram com algum representante na assembleia promovida pela União Encantadense das Sociedades de Água (UESA), na noite de quarta-feira (05), no auditório Brasil do Centro Administrativo Municipal de Encantado.
O encontro, convocado pelo tesoureiro da entidade, Jaderson Agostini, foi a alternativa encontrada para buscar, em conjunto, soluções para alguns dos principais desafios da entidade: a questão financeira e a contratação das outorgas dos poços artesianos.
Nenhuma sociedade de água possui o documento que atesta a qualidade da água enviada pelos poços às residências e propriedades dos associados localizados nas comunidades do interior do município.
A dívida da UESA com a única empresa prestadora de serviço ultrapassa R$ 100 mil, e cresce mês a mês porque, apesar dos repasses da entidade, uma vez que a empresa mantém seus serviços, a conta não fecha e sempre há déficit mensal.
Na assembleia, que contou com a presença do prefeito de Encantado, Jonas Calvi, e de profissionais técnicos, como o geólogo Leandro Petry e o engenheiro químico do Conselho Regional de Química do RS, Ricardo Noll, os associados aprovaram as propostas apresentadas e, de acordo com o tesoureiro, até o fim do ano a dívida da entidade deve estar sanada e as associações devem entrar com o pedido de outorga cadastrado junto ao Departamento de Recursos Hídricos do RS. “Estou confiante”, resume Agostini.
Entre as medidas para quitar as contas em aberto, a assembleia aprovou o reajuste no valor pago pelas famílias às suas associações, passando de R$ 4,50 para R$ 6 mensais; as associações de água que têm repasses atrasados à UESA se comprometeram em colocar os valores em dia; Agostini se comprometeu em dialogar com o prefeito e com os vereadores para pleitear o repasse de algum valor como auxílio à entidade.
Sobre a outorga, os associados buscarão de forma coletiva, visando inclusive uma negociação no valor de cada documento (que requer estudos e análise quantitativa e qualitativa), que atualmente está orçado em R$ 5,8 mil por poço artesiano.