Uma pesquisa realizada pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU) revelou que as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul resultaram na geração de 47 milhões de toneladas de resíduos. O estudo, destaca ainda que a quantidade de lixo gerada pelas cheias supera a gerada na guerra na Faixa de Gaza.
Encantado, Muçum e Roca Sales, possuem números expressivos, e diariamente, caminhões continuam retirando resíduos dos bairros e os transportando para os aterros municipais. Os detritos são compostos por restos de construções, móveis, eletrodomésticos sem conserto, roupas, comidas e outros utensílios descartados por moradores afetados pelas cheias.
A cheia de maio gerou mais de 10 mil toneladas de lixo em Encantado, e há ainda nove mil toneladas de entulho acumuladas desde a enchente de setembro. Esse material, já pago pelo Estado para ser removido, está armazenado no Parque João Batista Marchese e será transportado para o aterro sanitário de Minas do Leão pela Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR).
Para os detritos da enchente mais recente, o Executivo trabalha em conjunto com órgãos estaduais. Segundo a secretária de Saúde e Meio Ambiente, Caroline Krippa, a retirada dos entulhos ocorre de forma adequada e correta. “De forma contínua temos feito o recolhimento e destinação de resíduos conforme orientação de todos os órgãos responsáveis. Os serviços foram suplementados pelo aumento do lixo doméstico além do gerado pela enchente, hoje um dos maiores investimentos do município”, afirma.
Em Roca Sales, os entulhos da cheia de setembro totalizaram 31 mil toneladas, já removidos do município e corretamente descartados através do governo estadual. Para a cheia de maio, foram coletadas 18 mil toneladas de entulhos, armazenadas em uma área distante de residências, com autorização da SEMA. Muçum contabiliza 30 mil toneladas de resíduos desde de maio. Contudo, o município possui a estimativa de alcançar 40 mil nos próximos dias.