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Arquivos do Força do Vale são fonte de pesquisa para historiadores de Universidade

O Jornal Força do Vale se encaminha para os 38 anos em setembro e seu decurso foi recheado de muitas revelações e acontecimentos. Graças aos arquivos do Força, os pesquisadores e historiadores da Universidade do Vale do Taquari (Univates), Patrícia Schneider e Marcos Rogério Kreutz, em visita à redação no mês de maio, encontraram documentos acerca da história de Ilópolis para realizar uma pesquisa do município, que será publicada em forma de livro. “Procuramos outros jornais da região e não encontramos registros a respeito da RS 332, tinhamos certeza que aqui encontraríamos”.

Foram nos registros de 1991 que os estudiosos encontraram matérias chaves que explicam o desenvolvimento da cidade: as obras da ERS-332. A via, que ainda hoje causa muitas discussões por causa da sua infraestrutura, foi um caminho fundamental para o crescimento de Ilópolis. Conforme os pesquisadores, reportagens e documentos do tipo são raros de encontrar, uma vez que muitos poucos jornais conservam seus arquivos – e permitem a sua divulgação.

Patrícia Schneider – Historiadora e Supervisora do Centro de Memória, Documentação e Pesquisa do Museu de Ciências da Univates -CMDPU/MCN/Univates e Marcos Rogério Kreutz – Historiador e Pesquisador do CMDPU/MCN/Univates realizando fotografias para a pesquisa nos jornais arquivados na redação do Força do Vale.

Juntando informações desde os tempos pré-coloniais até o tempo presente, os pesquisadores já arrecadaram o “material bruto” em acervos públicos e privados – tal qual a pesquisa no Jornal – com o objetivo de contextualizar cada momento da história. “Também buscamos conversar com pessoas da comunidade que podem muitas vezes fechar lacunas de informações que os documentos não trazem”, diz Patrícia. Segundo ela, o trabalho do historiador é justamente este: “montar o quebra-cabeça” de informações e escrever um texto histórico contextualizado.

Para a supervisora, a importância de investir no registro da história por meio de um livro é precisa, já que é graças a eles que se consegue registrar e contextualizar os períodos da história: “Participar da pesquisa sobre a história dos municípios do Vale do Taquari a exemplo de Ilópolis é gratificante, pois permite desenvolver as atividades do historiador. Encontrar fontes, descobrir um dado que estava faltando e participar da documentação da história da região por meio dos municípios é também contribuir para que as pessoas, através da história, conheçam seu passado”, acrescenta. A professora Neli T. G. Machado – Historiadora, Coordenadora do PPGAD Univates e pesquisadora do CMDPU/MCN/Univates – também integra o time da pesquisa.

A proposta é um trabalho isolado, mas outros trabalhos na linha já foram desenvolvidos para os municípios de Vespasiano Corrêa, Arroio do Meio e Colinas e para empresas como a Baldo e Cooperativa Languiru. A iniciativa parte da  Secretaria de Educação e Cultura de Ilópolis em parceria com a AAMoinhos (Associação dos Amigos dos Moinhos do Vale do Taquari), que administra o Museu do Pão do município.

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