PORTO ALEGRE Uma comitiva de prefeitos da região participaram de uma reunião no Ministério Público na capital gaúcha, na tarde desta quinta-feira, dia 20, para debater os problemas no fornecimento de energia elétrica por parte da concessionária RGE no Vale do Taquari.
Após os temporais de segunda-feira, dia 17, diversas localidades ficaram horas sem energia elétrica, provocando a morte de frangos e suínos, além do descarte da produção de leite.
O encontro na capital foi intermediado pelo deputado estadual Edegar Pretto e contou com a presença do procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles, além de representantes da RGE e da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs), do presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco, e do presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Sandro Herrmann. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E), Alex Herold também participou.
“Não sei mais o que fazer para ajudar a RGE”, disse o prefeito de Encantado, Jonas Calvi, em sua manifestação.
O gestor falou sobre a situação de Encantado, em que a Administração mobilizou suas equipes, nos últimos dias, para atender os agricultores e amenizar as perdas provocadas pela falta de energia nas propriedades. “Temos dois caminhões puxando água, máquinas abrindo estradas para levar água, para tirar os frangos que estão morrendo”, relatou.
Ao mesmo tempo que reconhece os investimentos que a concessionária está fazendo no Vale do Taquari, J
“Temos inúmeros casos de empresas e de produtores rurais que não conseguem ter a ampliação da rede de energia pela demora da RGE. A concessionária está tolhendo o direito deles ampliarem seus negócios e, por consequência, de dar retorno aos nossos municípios”
Após o debate ficou acordado que a RGE vai rever o plano de investimentos no Vale do Taquari.
Uma próxima reunião foi agendada para o dia 21 de fevereiro, onde cada prefeito vai atualizar o plano de investimento do seu município. “Ficou claro para o MP que os investimentos da RGE são insuficientes”, destacou.
Outro pedido da comitiva da região foi para que a RGE apresente os índices de avaliação de eficiência do serviço de forma separada entre área urbana e rural, e não na totalidade como é feito agora. “Dessa forma teremos informações mais precisas e realistas”, acrescentou o prefeito Jonas.