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Erro do IGP faz família de Muçum sepultar vítima que não era sua parente

Diante da maior tragédia ambiental do Vale do Taquari, uma família de Muçum se despediu da pessoa errada, sepultando outra vítima. O episódio é classificado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) como erro grave e foi corrigido.

O corpo da mulher estava entre o primeiro grupo resgatado. Segundo o diretor-geral adjunto do IGP, Maiquel Luis Santos, o corpo estava em um bloco de 22 vítimas encontradas após a enchente.

Santos explica que a identificação se deu pelas impressões digitais e que, após o procedimento, o corpo foi apresentado para a família e reconhecido no Departamento Médico Legal (DML) em Porto Alegre. O sepultamento ocorreu em Muçum.

Alguns dias depois, o IGP realizou revisão de todos os laudos do lote e os servidores perceberam que a comparação de impressões digitais era inviável para a conclusão determinada. Tendo em vista o estado de decomposição do corpo, a digital estava bastante comprometida e o positivo foi descartado.

Na segunda-feira (11) foi solicitada a exumação para exame de DNA. A prova com base no material genético apontou que a vítima era de outra família de Muçum que tinha uma pessoa desaparecida. Foi então providenciada a entrega para a família correta.

Assim, a família que havia sepultado o corpo equivocadamente teve seu parente reinserido na listagem dos desaparecidos. As buscas prosseguem.

O erro está sendo apurado em processo de sindicância na corregedoria do IGP.

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