A construção da nova ponte da Linha Auxiliadora, no interior de Encantado, enfrenta sérios atrasos, especialmente devido à falta de mão de obra. A construção, que chegou a 50% de execução, é essencial para a retomada do tráfego e o transporte agrícola na região, interrompidos desde as fortes chuvas entre abril e maio, que destruíram a ponte anterior. Com um investimento total de R$ 705.000,00, financiado pela Defesa Civil e pelo município, o projeto é de responsabilidade da Moamar Engenharia Ltda.
O engenheiro responsável pela obra, Fábio Scaravonatti, relata que a falta de profissionais tem sido o maior entrave para o avanço. “Apesar de faltar em todo o Estado, estamos com uma grande dificuldade em encontrar mão de obra na região. O acesso é complicado, o que desestimula trabalhadores e fornecedores de materiais a chegarem até o local,” explica. “Isso impacta diretamente o andamento do cronograma e faz com que cada etapa seja mais demorada do que o previsto.”
Além da falta de mão de obra, Scaravonatti destaca outros obstáculos que vêm afetando o progresso, como a dificuldade de transportar concreto usinado, essencial para a construção da ponte. “Para levar o concreto até o outro lado da cabeceira, os fornecedores precisam fazer uma volta enorme. Isso atrasa tudo e encarece ainda mais o processo,” diz o engenheiro.
Além das condições naturais adversas, a obra também sofre com a falta de energia elétrica estável, prejudicada pelas enchentes, dificultando atividades como a soldagem das grandes vigas da ponte. Outro ponto crítico, segundo ele, são as interrupções causadas pelo aumento no nível do rio, que obrigam a equipe a interromper ou até refazer partes do trabalho. “Toda vez que chove, o leito do rio sobe, e precisamos parar ou recomeçar os serviços. Já perdemos muito tempo com isso,” comenta.
Diante de todos esses desafios, a equipe de engenharia trabalha para garantir uma conclusão segura, mesmo com o prazo já estendido em 60 dias. Com 20,30 metros de extensão e 5,50 metros de altura, a nova ponte em concreto promete trazer durabilidade e segurança para a região. “Estamos superando cada obstáculo, pois sabemos o quanto essa ponte é essencial para a comunidade. Queremos finalizar o quanto antes, mas a falta de mão de obra e essas condições adversas têm sido um desafio constante,” finaliza.