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Presidentes da Dália participam de reunião na OCERGS

Após as catástrofes climáticas do ano passado, os Presidentes da Dália haviam se reunido com os secretários do RS e representantes do BRDE em busca de soluções para mitigar os efeitos das enchentes e da crise vivida pelo setor de produção da proteína animal

A Organização das Cooperativas do estado do Rio Grande do Sul (Ocergs) reuniu cooperativas agropecuárias no dia 10/01, na sede da instituição em Porto Alegre. O objetivo foi analisar os recentes decretos do governo estadual relativos aos cortes dos incentivos fiscais relacionados ao Fator de Ajuste (FAF) aplicado aos créditos presumidos concedidos pelo estado gaúcho.
Diversas cooperativas estiveram presentes, como os Presidentes do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini e Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas e o Supervisor Contábil, Ivo Dirceu Villa, representando a Cooperativa Dália.
“Foi uma reunião muito proveitosa. Estamos começando a debater os impactos deste corte de benefícios em todo o setor produtivo e, principalmente, nas cooperativas agropecuárias. Sabemos que o estado precisa cortar gastos ou ampliar a receita, mas queremos mostrar para o governo gaúcho que essa medida prejudica o setor agroindustrial e gera prejuízos ao próprio estado a médio e longo prazos, pois retirará a competitividade das empresas gaúchas”, afirma Piccinini.
Para ele, mostrar o posicionamento das cooperativas frente ao decreto é essencial. “Buscaremos aproximação com os poderes executivo e legislativo do estado, para mostrar os reais efeitos para as agroindústrias cooperativas, e procurar convencer o governo a estudar outras medidas substitutivas a esse decreto”, salienta o presidente do conselho de administração.
Piccinini reitera que os incentivos possibilitam a competitividade das empresas gaúchas. “Os incentivos nos dão condições para levarmos os produtos fabricados no RS para outros estados com preços atraentes ao consumidor. Sendo assim, este decreto é uma ameaça às empresas e, ainda, aumentará o preço da cesta básica. Portanto, esperamos que o governo estadual analise com mais calma esta decisão”, ressalta.

Mais tributação

O Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, explica que na prática, os decretos do governo estadual de números 57.365, 57.366 e 57.367, impactarão de forma negativa produtores e cooperativas. “Prova disso é que as carnes, tributadas em 7% até então, passam para 12%, o que, sem dúvida ampliará a perda da competitividade das agroindústrias gaúchas, já afetadas pela condição da localização geográfica desfavorável, pois estão longe dos grandes centros de produção de grãos e consumo de carnes e derivados”, pontua Freitas.
Carlos Alberto também afirma que para os produtores, os insumos agropecuários, até então zerados, passam a ser tributados em 12% e, portanto, o preço deles terão acréscimo significativo na venda. “Isso impactará para a população em geral, já que os itens da cesta básica, antes isentos, serão tributados em 12%, lembrando que a vigência dos decretos inicia no mês de abril”, destaca.

Demandas das cooperativas

Após a reunião com as cooperativas do setor agroindustrial, o Presidente do Sistema Ocergs, Darcy Hartmann, apresentou as demandas ao Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, no dia 11/01. As demandas foram entregues na sede da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre.
Além disso, já foi confirmada uma segunda reunião entre Hartmann e o representante do Ministério da Agricultura, para apresentação de projetos de cooperativas do agro e seus programas de atuação durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.

Presidente do Sistema Ocergs, Darcy Hartmann, apresentou as demandas das cooperativas ao Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura / (Foto: Divulgação)
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