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Mais de 11 milhões de brasileiros ficarão de fora da nova rodada do auxílio emergencial

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A nova rodada do auxílio emergencial deve contemplar só quem já estava recebendo o benefício, sem possibilidade de novo cadastro para alcançar quem também perdeu a fonte de renda a partir do segundo semestre de 2020.

A partir de hoje, terça-feira, (9), a Câmara discutirá o novo formato e finalizará a definição dos três novos valores, que dependem da composição familiar:

Mais de 11 milhões de cadastros devem ser barrados pelo governo nessa nova leva. São pessoas que, em tese, não precisariam do auxílio. Em dezembro, 56 milhões de brasileiros recebiam o auxílio, agora foi preciso desenhar novos critérios para conseguir focalizar o benefício nos cerca de 45 milhões que devem ser alcançados na nova rodada.

Mas há setores do governo e da sociedade civil que pedem a inclusão de outros grupos de brasileiros no benefício. Para os “invisíveis”, foram aceitos pedidos por site ou aplicativo até 2 de julho do ano passado – prazo que nunca foi reaberto.

A Rede Brasileira de Renda Básica alerta para a urgência de o Ministério da Cidadania abrir um novo cadastramento para incluir pessoas que perderam o emprego ou renda e ficaram em situação de vulnerabilidade a partir do segundo semestre de 2020.

Cruzamento de dados

Uma atualização do banco de dados e um trabalho de cruzamento dessas informações pode resultar na eliminação de beneficiários. A nova base será usada também para outros programas de renda e de emprego que venham a ser lançados. Entre os bancos de dados utilizados estão os do Caged, INSS, MEI, CNIS.

Pelo CPF da pessoa é possível identificar se é servidor público, militar, aposentado, pensionista, empresário e quem são seus dependentes no Imposto de Renda.

Mas a demora para operacionalizar novos cruzamentos de dados é criticada por entidade, uma vez que o número de pedidos desta vez seria menor do que na primeira rodada. Para isso, o Ministério da Cidadania teria de abrir um novo recadastramento, para inclusão das famílias.

Quem terá direito ao novo auxílio emergencial

Inicialmente a expectativa era de que o Auxílio Emergencial fosse liberado para parte da população considerada “invisível” pelo governo, que são aqueles que não recebem nenhum tipo de programa de distribuição de renda como o Bolsa Família, ou ainda que trabalhe de carteira assinada.

Para essa situação era previsto o pagamento para 40 milhões de pessoas, logo, com o novo cruzamento de dados, parte destes “invisíveis” podem ficar de fora da nova prorrogação tendo em vista as informações utilizadas no novo pente-fino do governo.

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