O preço da cesta básica em Porto Alegre subiu 12,11% nos 12 meses de 2022 e fechou o ano custando R$ 765,63, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgado nesta segunda-feira (9).
Com isso, a capital do RS começa 2023 no terceiro lugar entre as mais caras do Brasil, atrás apenas de São Paulo (R$ 791,29) e Florianópolis (R$ 769,19).
No ano, os itens que mais sofreram aumento de preço em Porto Alegre foram a batata, que ficou 49,02% mais cara; a farinha, com aumento de 35,78%; e a banana, que encareceu em 31,37%. Único item que ficou mais barato no ano, o feijão registrou queda de 9,73% no preço.
O Dieese também avalia a variação de preço mensal. Em dezembro, a cesta básica de Porto Alegre registrou queda de 2,03% no preço. Batata (-12,52%) e banana (-10,59%), dois dos produtos que puxaram o aumento de preço durante o ano, apresentaram queda de preço no último mês.
Impacto no bolso
Segundo o Dieese, a jornada de trabalho mensal necessária para comprar os produtos da cesta básica seria de 122 horas e 32 minutos. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 121 horas e 02 minutos. Em dezembro de 2021, a média foi de 119 horas e 53 minutos.
Os 13 produtos são comprados com 60,22% do salário mínimo. Para dar conta da alimentação e dos outros gastos de uma família, o salário necessário deveria ser de R$ 6.647,63, o equivalente a 5,48 vezes o mínimo atual, que é de R$ 1.212,00.