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Ana Caliari Sestari “Não tinha como ser diferente”

Foto: Divulgação

Ana Carolina Caliari Sestari (27), é uma goleira de futsal que atualmente joga pelo Peskara Femminile, na Itália. Nascida em Nova Bréscia, Ana possui dupla cidadania, brasileira e italiana, e desde criança sempre teve contato com o esporte.

Sua trajetória no futsal começou na escola de Nova Bréscia, onde praticava futebol durante as aulas de educação física. Aos 8 anos, Ana foi a primeira menina a treinar com os meninos no Clube de Futebol de Nova Bréscia, o CFM. Com o tempo, foi formado um time feminino e jovem, que participou de campeonatos regionais de categorias de base e dos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (JERGS).

Inicialmente, Ana jogava na linha, ou seja, integrava o time de jogadores. Porém, aos 11 anos, sofreu um acidente que comprometeu o desempenho das pernas, a ponto de ser necessária a implantação de uma placa de platina. Caso quisesse continuar praticando esportes, Ana Sestari precisava escolher um esporte que não tivesse tanto impacto nas pernas. Ela não abriu mão do futebol, e foi para o gol. A mudança não chegou a desanimar a jovem desportista cuja trajetória de sucesso internacional ainda estaria para começar. Com o apoio dos pais, ela seguiu e, aos 14 anos, recebeu uma proposta para jogar profissionalmente no Barateiro Futsal, em Brusque (SC).
Durante os quatro anos em que esteve no time, Ana se destacou, sendo campeã de todos os campeonatos nacionais e estaduais das categorias sub-15, sub-17 e sub-20.

Aos 18, recebeu uma proposta para jogar na Itália e não pensou duas vezes.

“Meu primeiro presente desde quando eu nasci foi uma bola de futebol, então não tinha como ser diferente, minha família toda sempre foi ligada ao esporte, então já estava no sangue”, diz Ana.

Em 2019, ela começou a jogar pela Seleção Italiana e desde então, tem sido uma das principais goleiras do mundo. Em 2020, foi eleita a terceira melhor goleira do mundo. Em 2021, ficou em segundo lugar e, em 2022, novamente ocupou o terceiro lugar.

“Eu nunca achei que jogaria profissionalmente, mas tudo começou lá no CFM, quando comecei a treinar com eles. Fui a primeira menina e posso dizer com muito orgulho que essa oportunidade me levou aonde estou hoje. Não me vejo sem essa profissão”, completa.

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