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O sonho em jogar a primeira divisão

Há oito anos, ainda não existia o Cristo Protetor e não era por esse motivo que Encantado atraía quem por ela passasse. A cidade encanta por ela própria. Foi esse encantamento natural que fez com a mãe Dianete Alvez Miranda escolhesse Encantado para fixar moradia. Eles moravam em Curitiba (PR) e buscavam novo lugar para morar. Com ela, o pequeno Breno contava com dez anos e já demonstrava a aptidão para o futebol, durante as partidas realizadas na escola.

Após instalar residência na terra do Canto da Lagoa, ela buscou um lugar para que o filho pudesse desenvolver sua habilidade, e encontraram a escola CFM. Embora sua preferência, quando criança, era o futebol de salão, a partir dos treinos no centro de formação, Breno passou a gostar do futebol de campo. “Foi no CFM que tudo começou, de fato”, recorda o atleta, que hoje está com 18 anos e atua como jogador profissional do Tupã (SP).

“Ainda sonho em jogar num time de primeira divisão”, almeja.

Pelo time paulista, Breno disputou a Copa SP, que se assemelha ao Gauchão aqui no RS. “Foi uma experiência muito boa, pois São Paulo os campeonatos são fortes, disputadíssimos. Peguei muita experiência e é uma sensação muito boa, de reconhecimento do trabalho. Analisando o tamanho que essa Copa tem no cenário de futebol de base, estou bem feliz”, destaca.

Outra experiência marcada pelo futebol foi quando Breno mudou-se para Minas Gerais, sozinho, com 15 anos. “A partir as dificuldades começaram”, recorda-se, ao se referir às responsabilidades do cotidiano. “Eu estava a 1600 quilômetros de casa vivendo em um quarto com cinco pessoas totalmente desconhecidas. Uma das dificuldades foi durante a pandemia. Ficamos confinados dentro do alojamento do clube (o Betis) por quatro meses. Naquele ano eu passei o Natal e o Ano Novo no alojamento, porque as passagens estavam muito caras. Foi uma época bem marcante e de muito aprendizado”, recorda.

O atleta reconhece a importância do CFM para o início da sua carreira profissional e o apoio e incentivo de sua família. “Desde cedo entendi que a única maneira de conquistar meus objetivos é se desafiar, abrindo mão de muitas coisas. Como jogador de futebol, viver distante da família é um desses desafios, mas tem outras formas de a gente matar a saudade”, completa, em referência às alternativas proporcionadas pela tecnologia. “O bom é saber que, depois, a gente poder dar aquele abraço apertado.”

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