Reduzir os riscos da contaminação humana e ambiental em operações agrícolas que envolvem a aplicação de herbicidas, bem como reduzir os custos para produtores no que diz respeito ao uso de herbicidas hormonais. Este foi o objetivo de um curso de Boas Práticas Agrícolas na Aplicação de Defensivos – atividade realizada terça e quarta-feira (19 e 20/12) no auditório da Prefeitura Municipal de Doutor Ricardo. Parte do Projeto Inspeciona/RS da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Governo do Estado, a atividade foi organizada pela Emater/RS-Ascar com o apoio da Cooperativa Sicredi.
Com atividades teóricas e práticas e um total de 16 horas-aula, a capacitação discute desde o uso correto, seguro e eficiente de agrotóxicos, passando pelas tecnologias de aplicação, até chegar a manutenção, regulagem e calibração de pulverizadores. “Durante o curso também ocorreram práticas sobre a forma correta de vestir o equipamento de proteção individual, sobre transporte armazenamento e destino de embalagens e a respeito dos componentes e itens que devem ser observados nos equipamentos”, salientou o extensionista da Emater/RS-Ascar Alano Tonin.
Tonin explica ainda que o objetivo é o de qualificar os produtores para todas as etapas que envolvem a aplicação, incluindo o que diz a Instrução Normativa nº 42/2021 que versa sobre o tema e que entrou em vigor no ano passado. O documento prevê que o aplicador esteja cadastrado no Cadastro Estadual de Aplicadores de Agrotóxicos junto à Seapdr, sendo também necessária a realização justamente deste curso de boas práticas agrícolas para sua efetivação. “A ideia é mitigar os efeitos da pulverização feita de forma incorreta ou menos sustentável, minimizando também problemas relacionados à deriva”, pontuou Tonin.
Outros municípios como Dois Lajeados, Roca Sales e Teutônia também já realizaram atividades do tipo, sempre apoiadas pelas secretarias de Agricultura locais e pelos escritórios da Emater/RS-Ascar. “Em muitos casos os benefícios não estão ligados somente à saúde dos agricultores mas também ao preço dos insumos, já que uma melhor aplicação também significa economia”, avalia o extensionista. “O que também permite, no caso das lavouras, outros investimentos e um melhor planejamento”, completou.