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Dia da avicultura: A Dália está ajudando a alimentar o mundo

O Dia da Avicultura é comemorado nesta sexta-feira, dia 28 de agosto. Acredita-se que a ave tenha chegado no país no ano de 1503, quando Gonçalo Coelho atracou no Rio de Janeiro três anos após a chegada de Pedro Álvares Cabral.

A produção comercial, no entanto, iniciou em Minas Gerais por volta de 1860, quando o Estado mineiro começou a despachar galináceos e laticínios para outras regiões do país. A criação de aves, no entanto, era campestre. Elas viviam soltas e demoravam seis meses para atingir o peso de abate, na faixa de 2,5 quilos ou mais.

De lá para cá, a cadeia de produção de frangos de corte no Brasil evoluiu, o país se tornou o maior exportador mundial da carne, e as perspectivas para o setor são de crescimento.

Conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) as exportações de carne de frango devem crescer entre 4% e 5% no ano de 2020.

Números positivos geram expectativa

Os resultados entre janeiro e julho apresentaram ampliação na exportação em relação ao ano anterior. A expectativa da associação, em relação à carne de frango, é fechar o ano com aumento de 1% na produção, passando de 13 milhões de toneladas, em 2018, para 13,5 milhões de toneladas, em 2020.

Destaque mundial

A cadeia de produção de frangos de corte no Brasil está em constante processo de modernização e melhoria, em modelo de produção como também em gestão e comercialização.

A avicultura nacional é uma das mais organizadas no mundo, destacando-se pelos resultados alcançados em indicadores de produtividade, volume de abate e no desempenho social, ambiental, sanitário e econômico.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. Na economia do Vale do Taquari é o principal investimento no setor primário.

No RS

Presente em praticamente todas as regiões do Estado, avicultura garante sustento e movimenta a economia gaúcha.

819 milhões de aves foram abatidas no Rio Grande do Sul em 2019.

Conforme a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), no Rio Grande do Sul existem em torno de oito mil produtores integrados de frango de corte, 300 mini e pequenos produtores de ovos, e 40 médios e grandes produtores de ovos.

São duas Indústrias de processamento de ovos , liquido e em pó e os principais mercados são Ásia, Oriente Médio, África do Sul e Europa.

Entrevista: Carlos Alberto Figueiredo Freitas – Presidente Executivo da Dália Alimentos

Carlos Alberto Figueiredo Freitas é Presidente Executivo da Dália Alimentos.

A Dália Alimentos hoje faz parte de um grupo muito seleto no planeta, pois atua nas três cadeias que alimentam grande parte das pessoas que habitam o nosso planeta.

Jornal FV – Hoje é o dia da avicultura e a Dália, presente no mercado de alimentos desde 1947 com a suinocultura e depois gado de leite, participa agora com o frango de corte. Como estão sendo esses primeiros meses. A expectativa está correspondendo?

Tem sido um ano de muito aprendizado.

Diferente do suíno e do leite, onde nossa equipe domina o setor e vem modernizando e crescendo em cima de uma base existente, muito boa, que vem desde a fundação da empresa, baseada em ética e responsabilidade, seja no frigorífico, nos condomínios, matrizeiros, incubatórios e comercialização.

Já a entrada no setor de frango de corte é um pouco mais complexa, porque a gente partiu do zero. Em primeiro lugar tivemos que contratar profissionais em alguns lugares chave, profissionais experientes, que trouxeram o conhecimento, mas a turma da casa, vamos dizer assim, era novata no setor de frango, então é um pouco mais difícil do que expandir e modernizar a suinocultura e o leite, que já havia. Mas está indo tudo muito bem.

Como partimos do zero, visitamos tudo que tinha de bom, de produção de frangos no Brasil e em outros países, e montamos um programa totalmente inovador, moderno, com algumas ideias de produção em condomínios, com escala, com logística adequada, para reduzir custo.

Esse programa da Dália é referência hoje no Brasil, e é elogiado por muitos, por ser um programa moderníssimo no equipamento, nos aviários, na tecnologia, sistema de construção, e junto com todo esse planejamento de granjas com escala, com boa gestão, em sociedades, com avaliação que garante produtos de excelente qualidade e com os melhores custos.

Hoje a turma antiga da empresa já tem boa compreensão da gestão eficiente de frangos de corte. Então, devagarinho, essa turma também, que já tinha muita experiência de leite e suínos, ja está mais qualificada no frango. A expectativa está correspondendo sim.

Jornal FV – O que mudou para a Dália depois que entrou para a avicultura?

Percebemos que houve uma mudança muito grande depois que entramos no segmento frango, somando ao fato de que participávamos da cadeia agroindustrial do leite e do suínos, e são poucas empresas no mundo e no Brasil que participam dessas três cadeias.

Complexo avícola da Dália Alimentos.

Nos surpreendeu constatar que nós passamos a fazer parte de um grupo seleto no agroindustrial nacional e internacional. Hoje somos convidados a participar de reuniões que até então não éramos, e as visitas que passamos a receber mostram essa nova realidade.

A Dália Alimentos hoje faz parte de um grupo muito seleto no planeta, pois atua nas três cadeias que alimentam grande parte das pessoas que habitam o nosso planeta.

Então, esse é o motivo de muito orgulho, não só pra nós aqui da Dália Alimentos, mas para nossa cidade e para todas as comunidades onde a Cooperativa tem atuação, seja através das plantas industriais, incubadoras, condomínios, matrizeiros, mas principalmente pela participação dos cooperativados, que através da Dália, estão ajudando a abastecer o o mundo.

Jornal FV – Entregar produtos de qualidade é uma marca que impõe respeito no mercado…

A Dália sempre foi uma empresa respeitada pelos governos, pela opinião pública, fornecedores, pelo sistema financeiro.

Em 1990 quando nós chegamos aqui, herdamos isso das administrações anteriores. Então procuramos manter as qualidades e passamos a buscar mais tecnologia, modernização de gestão, qualificação do quadro funcional sem perder aquilo que já tinha, que era o respeito da comunidades.

Tratando com seriedade, responsabilidade e ética nossos produtos. Evoluímos muito nos métodos de conseguir e garantir qualidade.

Com 2.500 funcionários, 500 terceirizados, três mil associados, não é tarefa fácil você ter qualidade desde o campo até a hora que o produto sair da empresa. Não depende apenas da vontade de uma direção, tem que existir todo um método de gestão da qualidade para que a gente consiga continuar tendo a preferência dos consumidores e das comunidades aonde nós estamos presente, continuar tendo respeito, sempre tivemos.

Jornal FV – De onde vem a garantia que os processos são bem desenvolvidos e o produto entregue é da melhor procedência?

Foi na Inglaterra que aprendi como se estrutura o controle de qualidade de uma companhia. Ao voltar daquele ciclo de visitas e palestras, criamos aqui na Dália a divisão de controle de qualidade, subordinada diretamente a mim, que tem como gerente a Ivani Giacobbo. Com ela trabalham mais de 30 profissionais, todos com curso superior, e são eles que fazem a gestão de todos os padrões operacionais da nossa empresa. Da matéria-prima que faz a ração até o produto final que sai e chega na mesa do consumidor.

E o mais importante, todos gerentes e profissionais estão subordinados a divisão de qualidade, porque esta área tem autoridade pra parar qualquer processo industrial, qualquer sistema de funcionamento da nossa empresa que não estiver de acordo com os padrões e com aquilo que nós queremos em termos de qualidade, de matéria prima e produto.

Produtos recebem rigoroso controle de qualidade.

A garantia de colocar no mercado produtos éticos.

Nós temos hoje dentro da Dália dois sistemas de controle de qualidade, um é a fiscalização do Ministério da Agricultura e o outro sistema é a nossa divisão de controle da qualidade, que em muitos aspectos são mais rigorosos do que o próprio Ministério da Agricultura. Essa duplicidade de fiscalização e controle é a garantia de ofertar ao mercado um produto saudável, com qualidade.

O reconhecimento que nós somos uma empresa correta, tem nos ajudado em muitas coisas. Por exemplo, iniciamos o frigorífico em março, e foi impressionante a velocidade com que a nossa empresa começou a ser liberada para acesso a mercados de exportações de vários países.

O último fato que aconteceu, nós conseguimos o certificado de abate Halal, que é um abate exigido pelas religiões muçulmanas, esse é um certificado difícil de conseguir e nos dá acesso a milhões de habitantes do planeta.

Eu acho que a Dália vem escrevendo uma história muito bonita com o suíno e o leite, e a avicultura vai ser uma cadeia que vai ajudar Dália a ter a continuidade dessa trajetória de sucesso, iniciada lá no passado pelos produtores rurais, liderados pelo seu João Batista Marchese, que almejaram uma empresa que durasse e que trouxesse o desenvolvimento econômico e social aos associados.

Esta é a grande finalidade, a Dália não é uma empresa que foi feita apenas para ter lucro, ela foi criada para dividir esse lucro de forma social entre os seus associados e os seus funcionários, promovendo o desenvolvimento econômico e social dos associados, dos funcionários e das comunidades onde está presente.

Matéria publicada na edição impressa do Jornal Força do Vale, publicada na sexta-feira, 28 de agosto de 2020.

Edição impressa do Jornal Força do Vale, publicada na sexta-feira, 28 de agosto de 2020. Contracapa.
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