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Dia Internacional da Prematuridade inspira reflexão e estratégias para a assistência neonatal

Um dos objetivos da data é mobilizar a população para a questão da prematuridade - Foto: Divulgação/ SES

No Rio Grande do Sul, 12,1% dos nascimentos registrados em 2020 ocorreram com menos de 37 semanas de gestação, com os bebês sendo considerados prematuros. No Dia Internacional da Prematuridade, comemorado nesta quarta-feira (17), os números demonstram a importância de sensibilizar no Novembro Roxo a população para a questão e também inspirar reflexão entre gestores e profissionais de saúde sobre estratégias para a sua prevenção, assim como melhorar a assistência neonatal.

“As principais causas de prematuridade estão relacionadas a patologias maternas, por isso é fundamental o início precoce do pré-natal, antes de 12 semanas, e o acompanhamento durante toda a gestação”, explicou a nutricionista Kátia Ronise Rospide, do Departamento de Atenção Primária e Políticas da Saúde da Secretaria da Saúde.

Através da Política de Saúde da Criança, a Secretaria Estadual de Saúde desenvolve ações voltadas para os recém-nascidos prematuros, como a implementação do Cuidado Progressivo Neonatal, o incentivo aos Ambulatórios de Egressos das UTIs Neonatais, que fazem o acompanhamento multidisciplinar dos bebês após a alta hospitalar até os dois anos de idade e a implantação do Método Canguru, um modelo de assistência humanizada ao recém-nascido de baixo peso.

A SES também é responsável pela logística de distribuição e aplicação do imunobiológico Palivizumabe, que previne bronquiolites nos recém-nascidos prematuros.

Outra ação de grande relevância envolve o aleitamento materno, tanto na atenção básica como em nível hospitalar. O leite materno é um importante aliado no desenvolvimento e crescimento de um recém-nascido prematuro. É possível que um litro de leite materno doado possa alimentar até dez recém-nascidos por dia. Dependendo do peso do bebê, 1 ml por mamada já é suficiente para a nutrição.

O Estado monitora e apoia a implementação de Bancos de Leite Humano e Salas de Apoio à amamentação em empresas públicas e privadas para a utilização de mulheres que retornam da Licença Maternidade continuarem amamentando seus bebês. Existem atualmente, dez Bancos de Leite compondo a Rede Gaúcha de Bancos de Leite Humano, que coletam, processam e distribuem leite a bebês prematuros e de baixo peso, além do trabalho de orientação, promoção e apoio à amamentação.

No entanto, a falta de informação sobre a doação de leite humano prejudica o estoque nos bancos de leite.

“Ainda há desconhecimento da população sobre a possibilidade da doação do leite materno”, disse ainda Katia Rospide. “É preciso promover informação para mudar essa realidade”.

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