Mais do que nunca, a pandemia voltou a atenção aos idosos do mundo todo. A Covid-19 impôs medidas de distanciamento que mudaram a forma como mantemos contato com a família. Os avós, muitos deles idosos, precisaram se adaptar a uma rotina ainda mais restrita e com pouco contato físico com outras pessoas, ou seja, até mesmo dos netos.
Além do sentimento de saudade, tristeza e solidão, ficar longe da família pode afetar a saúde física e mental dos idosos. Segundo um estudo feito pela Berlin Aging Study, avós que cuidam de netos têm 37% menos risco de morte do que adultos da mesma faixa etária.
Segundo o IBGE, mais de 20% dos domicílios brasileiros tem idosos como chefes de família, o que expressa um número de mais de 9 milhões de lares. Desse total, 36% são compostos por casal com filhos ou outros parentes. Esses números apontam para a realidade de que no Brasil muitos netos estão residindo com os avós e sob sua responsabilidade.
Convivência valoriza os mais velhos
A Igreja sempre reconheceu e exaltou a importância da família para a construção de uma sociedade equilibrada, justa e fraterna. Neste ano, o Papa Francisco instituiu o primeiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos no quarto domingo de julho, em memória a São Joaquim e Sant’Ana, avós de Jesus Cristo. Celebrado dia 26 de julho, o Dia dos Avós serve para recordarmos e celebrarmos o dom da velhice e daqueles que, antes de nós e para nós, guardam e transmitem a vida e a fé.
O organismo da Igreja tem por objetivo assegurar a dignidade e a valorização integral das pessoas idosas, através da promoção humana e espiritual, respeitando seus direitos, num processo educativo de formação continuada destas, de suas famílias e de suas comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político, para que as famílias e as comunidades possam conviver respeitosamente com as pessoas idosas.
Dia dos Avós
Em 1584, por decreto do papa Gregório VIII, o casal foi considerado santo pela vida casta e por serem avós de Cristo. Segundo preceitos bíblicos, o casal Ana e Joaquim não podia ter filhos, o que era considerado uma maldição e dava o direito ao marido de ter filhos com outras mulheres. Ao se retirar ao deserto para orar e fazer penitências, Joaquim recebeu a visita de um anjo que lhe disse para voltar para casa, pois suas preces seriam atendidas.