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Judiciário certifica novas mediadoras para promover a cultura de paz

“A paz e a pacificação social, não é ausência de conflito, isso seria utopia; a paz envolve ação, responsabilização, comprometimento. Ser pacífico não é ser passivo.”

Com essa prerrogativa, a Coordenadora da Comissão Especial da Mediação e Práticas Restaurativas, Raquel Cadore, conduziu a solenidade de certificação dos novos Mediadores de Conflitos, formados pela Comissão.
O ato ocorreu no Fórum de Encantado, logo após a entrega das carteiras da OAB aos novos advogados vinculados à Comarca.

Dez mulheres advogadas realizaram o curso de mediação e estão qualificadas para atuar como mediadoras, cujo objetivo é estimular as partes a resolver seus conflitos de forma apaziguadora, falando sobre seus sentimentos em um ambiente neutro, com mais celeridade e confidencialidade. De acordo com Raquel, os advogados são extremamente importantes neste procedimento, pois são o vínculo de segurança e os responsáveis pela composição de um entendimento com menor prejuízo ao seu cliente.

O ato em que as novas mediadoras receberam seus certificados foi acompanhado pela juíza de Direito, diretora do Foro de Encantado, Iana Carboni de Oliveira; pelo delegado de Polícia, Alex Assmann e pelo presidente da
OAB subseção de Encantado, Jorge Calvi.

A juíza enalteceu a importância dos métodos alternativos de redução de conflitos e citou a mediação como a forma mais adequada para as conciliações pré-processuais, e que além de amenizar os impactos dolorosos de um conflito judicial, a mediação contribui inclusive para desafogar o Poder Judiciário.
O delegado de Polícia justificou sua presença destacando que as práticas da mediação são aplicadas também nos ambientes da polícia Civil e citou o programa Mediar RS, que consiste na aplicação da Mediação como forma de resolver conflitos nos procedimentos instaurados em sede de Polícia Judiciária.

Raquel Cadore reforça que as práticas mediadoras e restaurativas visam humanizar as pessoas e as instituições, uma vez que reforça o entendimento de que não é apenas o viés jurídico que está em questão, mas os aspectos sociais e emocionais. “Um conflito não possui apenas as questões juridicamente trazidas e discutidas em juízo, e, para a pacificação social, não basta a resolução da lide; na mediação consideramos os aspectos emocionais e o mediador conduz a um diálogo produtivo, auxiliando as partes a superando barreiras de comunicação”, frisa. “Hoje, o Judiciário é um protagonista da cultura da paz e não mais somente um aplicador da lei. Tenho testemunhado muita coisa boa, otimista, e que me traz esperança nas relações e na capacidade das pessoas, e me sinto muito grata por participar deste movimento”, completa.

As novas Mediadoras Certificadas
Caroline Bozzetto, Clarice Bos Conzatti, Darjela Calvi, Graziela Sinara Gheno Lorenzi, Janice Teresinha Dessoy Caraballo, Jaqueline Pretto Troian, Marcia Elisete Gomes de Bortoli, Marines Guth Johnson, Marta Helena Dalpasquale e Vivian Fassini.

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