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Caso Becker: quarto dia de julgamento deve ter depoimentos de seis testemunhas

O julgamento dos quatro réus do Caso Becker chega ao quarto dia na manhã desta sexta-feira (30), a partir das 9h, na Justiça Federal de Porto Alegre. Marco Antônio Becker, médico oftalmologista e então vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremers), foi assassinado em 2008, no bairro Floresta. A nova previsão para encerramento do júri é sábado (1º).

O júri ainda está na fase de oitivas de testemunhas. Na quinta-feira (29), sete foram ouvidas: quatro de defesa e três de acusação. Outras duas testemunhas haviam falado nos dois primeiros dias de júri.

Ainda faltam outras seis testemunhas, todas da defesa. Logo após, os réus serão ouvidos. Depois, iniciam-se os debates entre acusação e defesa. Após apresentadas todas as alegações, o conselho de sentença se reúne para a decisão.

Becker foi baleado por dois homens em uma motocicleta. A motivação do assassinato seria vingança, de acordo com a investigação policial.

Quatro homens respondem pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, situação que impossibilitou a defesa da vítima e exposição a perigo comum).

Os réus são o ex médico Bayard Olle Fischer Santos (acusado de ser o mandante do assassinato), o traficante Juraci Oliveira da Silva (que teria agenciado o crime), o ex-assistente de Bayard, Moisés Gugel, (que teria intermediado negociações para o assassinato) e Michael Noroaldo Garcia (que seria o piloto da motocicleta utilizada no crime). Os acusados respondem a esse processo em liberdade.

O advogado Jean Severo, um dos responsáveis pela defesa de Juraci Oliveira da Silva, afirma que ”Juraci não tem envolvimento algum com este crime e no plenário do júri demonstraremos isso”.

A Defensoria Pública da União (DPU), que representa Michael Noroado Garcia Câmara, informa que ”está pronta para exercer a defesa do réu, estando convicta da ausência de provas contra ele no processo”.

O defensor de Moisés Gugel, Marcos Vinícius Barrios, declara que o cliente é “vítima de um erro judicial sem precedentes”. Ele acrescenta que “confiamos que a sociedade de Porto Alegre saberá depurar a acusação injusta e absolvê-lo ao final”.

Como vai funcionar o júri

Conforme a Justiça Federal, foram convocadas cinco testemunhas de acusação e 11 de defesa. Na quinta-feira (29), uma das testemunhas de defesa foi dispensada.

Após as oitivas, os réus serão interrogados.

Na sequência, a sessão seguirá com os debates orais da acusação e das defesas. Há possibilidade, ainda, de réplica e tréplica.

Por último, o juiz Roberto Schaan Ferreira se reunirá com os jurados para votação dos quesitos.

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