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Escolas ampliam protocolos de segurança

Brigada Militar realiza patrulhamento nas escolas. Foto: Divulgação

Escolas espalhadas pelo país têm enfrentado episódios de incitação à violência, gerando preocupação e insegurança entre estudantes, professores e familiares. Entre as ameaças enfrentadas estão casos de violência física, além de situações mais extremas como ataques terroristas como foi o caso de uma escola em Blumenau – SC. Já aqui no Vale do Taquari, em 16 de Março tivemos um episódio de ameaça no Colégio Scalabriniano São José (ESI) de Roca Sales, onde um aluno escreveu no banheiro masculino que haveria um massacre, desde então as autoridades locais intensificaram a segurança nas escolas.

A orientação da Brigada Militar é pela prevenção

Na última segunda-feira (10) em Encantado a Administração Municipal, através da Secretaria de Educação e Cultura, em conjunto com a Brigada Militar (BM), reuniu-se com diretoras das escolas municipais, estaduais e particulares, representantes do Conselho Tutelar e Vereadores para tratar da segurança nas escolas do município. Durante o encontro, as forças de segurança orientaram sobre medidas de prevenção e reação que devem ser adotadas em conjunto com o trabalho já realizado pela Brigada Militar.

O prefeito Jonas Calvi destacou a importância de alinhar estratégias para deixar as equipes preparadas para eventuais ocorrências. O capitão da BM Guilherme Caneppele, enfatizou que o foco principal é a prevenção, com rondas nas entradas e saídas das escolas, contato permanente com as equipes diretivas, além do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) e palestras sobre bullying, drogas e mídias digitais. Ainda segundo o prefeito, todas as escolas municipais contam com videomonitoramento, são cercadas e têm acesso liberado mediante identificação. O gestor pediu à comunidade para evitar a divulgação de notícias falsas e reforçou a disposição da Brigada Militar em trabalhar em conjunto com a Administração Municipal.

A Secretária de Educação de Encantado, Stéfanie Casagrande, afirmou que não há ameaças de ataques nas escolas da cidade, mas que medidas estão sendo tomadas para fortalecer a segurança dos alunos seguindo os protocolos passados pelo Capitão Caneppele em situações de ataques incêndios e outras emergências. “Estamos visitando as escolas juntamente com a Brigada Militar para avaliarmos as situações e o que podemos melhorar”, disse a secretária.

No entanto, antes de pensar em fortalecer a segurança física, a Secretaria de Educação tem prioridade na saúde mental dos alunos. Stéfanie explicou que desde o ano passado estão trabalhando em um projeto para tratar desse assunto e que está sendo organizada uma reunião com familiares dos alunos.

“Precisamos saber se as famílias estão observando os conteúdos que seus filhos acessam na internet, se verificam as mochilas das crianças em busca de objetos perigosos, é uma responsabilidade de todos”, destacou Stéfanie.

Por fim, a secretária afirmou que a segurança nas escolas é uma responsabilidade de todos e que a administração e a Secretaria de Educação estão avaliando individualmente cada estrutura das escolas para identificar possíveis melhorias. “É preciso estar sempre vigilante e tomar medidas preventivas para garantir a segurança dos alunos e de todos os envolvidos na educação”, concluiu.

Todas as medidas estão sendo tomadas

Já em Muçum, a Secretária de Educação, Jucéli Baldasso, informou que medidas de segurança têm sido intensificadas nas escolas do município em conjunto a Brigada Militar que tem realizado rondas nas escolas durante o dia e conversado com as diretoras se colocando a disposição para orientação e suporte. Os policiais instruíram as cinco escolas do município a manter seus portões trancados permitindo a entrada apenas de pessoas conhecidas e autorizadas pelos pais ou responsáveis dos alunos.

“Muçum está tranquilo, estamos redobrando a segurança nas escolas. Queremos tranquilizar os pais que estamos tomando todas as medidas para deixar seus filhos seguros”, afirmou a secretária.

Em contato com a Secretária de Educação e Cultura de Roca Sales, Liane Capalonga, foi constatado que o munícipio está empenhado em melhorar a segurança dos alunos das escolas municipais e comunitárias. Como parte desses esforços, medidas adicionais foram implementadas para reforçar a proteção dos alunos, e todas as escolas de ensino fundamental e educação infantis e comunitárias já possuem sistemas de videomonitoramento instalados.

A segurança nas escolas comunitárias (creches) é uma preocupação especial, e as crianças estão sendo orientadas a permanecerem em suas salas, evitando ir para o pátio. A EMEI Cantinho da Amizade, por exemplo, colocou trancas nas portas das salas como medida adicional de segurança. A secretária Liane Capalonga afirmou que a ordem é abrir os portões das escolas somente para os pais dos alunos, com uma professora responsável abrindo e fechando o portão.

Na próxima segunda-feira (17), está agendada uma reunião com a Secretária de Educação, Liane, diretoras e coordenadoras de escolas e o comandante da Brigada Militar, Guilherme Caneppele. A Brigada Militar tem realizado rondas nas escolas. Duas escolas municipais: a EMEFS Perpétuo Socorro e Dom Pedro I, que contam com a presença de vigilantes.

“Enviamos uma nota aos pais informando as medidas que estamos realizando. O importante é manter a calma nessas situações. Na próxima semana, iremos realizar uma reunião com o Capitão da Brigada Militar para ajustarmos e reforçarmos cada vez mais a segurança das nossas crianças e adolescentes”, contou Liane.

Com essas medidas, a Secretaria de Educação de Roca Sales busca proporcionar um ambiente mais seguro e tranquilo para os alunos, professores e funcionários das escolas, promovendo um ambiente propício para a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos.

“Mãos dadas, jamais atadas”

Em entrevista ao Jornal Força do Vale a Psicóloga Fabrine Taffarel reforça que todos precisam andar de mãos dadas e estar atentos a estes alertas. “A escola é o palco onde os conflitos sociais são encenados. Quando a vida está sendo ceifada de forma brutal nesse espaço, temos que nos perguntar o que enquanto sociedade estamos pregando aos nossos jovens. É urgente nos unirmos para construir respostas através do diálogo. A comunidade escolar necessita de apoio e espaços para conversar e elaborar o que está vivendo, estruturar uma rede de apoio e enfrentamento, no caso de ainda não ser existente, poderia ser de grande ajuda. Uma rede com profissionais de diversas áreas, pais, educadores, agentes de segurança, comunidade em geral.  É imprescindível segurarmos as mãos uns dos outros, pois é nessa corrente que encontraremos forças para suportar o medo e a dor diante do horror que vem estampando manchetes de forma cada vez mais frequente. Mãos dadas, jamais atadas”, afirma.

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