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“Inaceitável”: após saída da Amvat, prefeitos têm reunião sobre o pedágio com o Governo Estado

Estiveram presentes os prefeitos de Anta Gorda, Francisco David Frighetto, Ilópolis, Edmar Pedro Rovadoschi, Nova Bréscia, Angelo Barbieri, Arvorezinha, Jaime Talietti Borsatto, Putinga, Paulo Sérgio Lima dos Santos, Relvado, Carlos Luiz Fraporti, Doutor Ricardo, Alvaro José Giacobbo, Roca Sales, Amilton Fontana, Coqueiro Baixo,Jocimar Valer, Encantado, Jonas Calvi, Muçum, Mateus Giovanoni Trojan e Vespasiano Côrrea, Tiago Manoel Ferreira Michelon

Na tarde de hoje, 20, os prefeitos dissidentes da AMVAT atenderam ao convite do secretário-chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul, Artur Lemos, para tratar sobre o modelo de concessão de rodovias do programa RS Parcerias, após a saída do grupo da entidade que representa o Vale do Taquari, alegando descaso com a causas da Região Alta.

“Inaceitável”

Logo no início do ofício, os prefeitos taxaram de inaceitável o modelo de concessões a ser  implementado pelo Governo do Estado.

A carta destaca que os municípios da Região Alta representam mais de 100 mil gaúchos, que geram um Produto Interno Bruto estimado em R$ 3 bilhões e posicionam-se a favor da viabilização dos investimentos rodoviários necessários ao desenvolvimento do Vale do Taquari, por meio do plano de concessão, com justiça tarifária.

O texto ainda ressalta que a Região Alta do Vale do Taquari contratou profissionais para levantarem tecnicamente as obras necessárias na rodovia pedagiada: 

“Injustiça histórica” 

O deslocamento da praça de pedágio, segundo o texto, “sanaria uma injustiça histórica com Encantado, ônus suportado há 23 anos, impactando no desenvolvimento da região, sem investimentos significativos aos municípios.”

O documento aponta, ainda, as dissonâncias do modelo de concessões com os interesses da região, e aponta que a oneração excessiva de determinadas regiões do Vale do Taquari, prejudicando sobremaneira os municípios da Região Alta e favorecendo outras com mais investimentos e desoneradas, não atende ao bem comum, visto que:

• A praça de pedágio permanecerá em Palmas, município de Encantado, por mais 30 anos

• A tarifa máxima fixada ficou em alarmantes R$ 9,67, sem isenção nem passagem múltipla, 

• O município de Encantado terá um investimento total de R$ 154 milhões, enquanto que Arroio do Meio terá R$ 201 milhões e Lajeado R$ 120 milhões, saliente-se, em áreas da rodovia com fluxo não pedagiado;

Demandas do G18

No documento, foram elencadas onze demandas. Dentre elas, está um prazo para a implementação do free flow; a inclusão investimentos na RS 332; a viabilização de anel viário proporcionando a ligação, via ERS 129 – lado de Encantado, com sua continuação do outro lado do Rio Taquari, a partir de Roca Sales; a garantia de duplicação do trecho Lajeado/Encantado, com conclusão em dois anos a contar do início da concessão para o Bloco 2, bem como, na sequência, a duplicação do trecho Encantado/Muçum.

Além disso, os prefeitos defenderam a inclusão no plano de concessão, os projetos que encontram-se para aprovação na Empresa Gaúcha de Rodovias – EGR, indispensáveis na duplicação, bem como a adequação do Projeto Executivo da concessão com rótulas, vias de acesso às comunidades e empresas conforme sugestões entregues à Secretaria de Parcerias Estratégicas do Estado.

O ofício solicita ainda a existência de critérios claros no sentido de que os recursos oriundos de uma praça de pedágio sejam aplicados exclusivamente na rodovia pedagiada, e a existência de conselho regional para o acompanhamento e fiscalização do cumprimento do contrato, e a criação de Conselho de Usuários para fiscalizar e subsidiar o desempenho da concessionária.

De modo a assegurar aos usuários que a primeira revisão contratual não receba grande aumento tarifário ou redução das obras previstas, foi solicitada a imposição de uma trava contra a revisão do valor ou das obras para compensar eventual defasagem do preço inicial.

Caso o deslocamento da praça de pedágio de Encantado para Lajeado não ocorra, que seja apresentado o volume diário médio de veículos que trafegam na rodovia, como uma justificativa para a manutenção da praça de pedágio em Encantado.

Por fim, os prefeitos pediram a suspensão da concessão até que essas questões sejam enfrentadas e resolvidas, inclusive com a revisão dos investimentos, em busca de modelo mais justo e equilibrado entre os municípios do Vale do Taquari. 

 

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