A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta epidemiológico por causa do aumento dos casos de dengue. Só neste anos, o estado já confirmou 2.252 casos. Destes, 2.031 são autóctones, ou seja, contraídos no próprio território de residência.
“Os dados epidemiológicos apontam para um aumento de casos de dengue este ano em relação ao ano passado, tanto de notificações quanto de confirmações. A tendência é seguir até mais ou menos junho, que é o período sazonal da doença”, afirma o biólogo Jáder Cardoso, do CEVS (Centro Estadual de Vigilância em Saúde).
As regiões do Estado mais críticas são as pertencentes a Porto Alegre, Frederico Westphalen e Lajeado. Ao todo, 193 municípios gaúchos notificaram casos suspeitos. Foi confirmada uma morte por dengue, em Chapada, e seis outros óbitos estão em investigação por dengue.
De chikungunya, foram confirmados 11 casos, 10 deles autóctones. As confirmações se concentram, principalmente, no município de Água Santa, na região de Passo Fundo. Em relação à zika, foi confirmado um caso considerado importado – ou seja, contraído fora do território gaúcho -, em Encantado.
Na próxima semana, os municípios irão receber capacitação do Cevs com apoio do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul. As prefeituras serão orientadas a realizarem mutirões de limpeza. O objetivo é reduzir os criadouros de mosquitos causadores da dengue Aedes aegypti.
“Os mosquitos se valem de resíduos sólidos que podem manter água parada para se reproduzirem”, explicou Jáder. O alerta emitido diz que os municípios não devem aguardar a confirmação de um caso para tomar as medidas sanitárias e ambientais cabíveis, mas sim, agir logo na ocasião da suspeita.