Odia 09 de dezembro é dedicado ao Fonoaudiólogo, profissional do campo da comunicação pessoal que auxilia na prevenção, avaliação, diagnóstico, terapia e aprimoramento de diversas áreas, incluindo função auditiva, linguagem oral e escrita, voz, fluência e articulação da fala, respiração e deglutição.
Para falar sobre essa profissão conversamos com Vanessa De Oliveira Cristiano Nascimento (27), mineira, que mudou-se para o Rio Grande do Sul aos 19 anos para cursar Fonoaudiologia na Universidade de Santa Maria. Na região Vanessa atende em Muçum através da prefeitura e em Encantado na clínica Farfalla Espaço Terapêutico fundada com sua sócia Manoela Gomes (28), também fonoaudióloga. Na clínica, seu foco é o atendimento a crianças de 0 a 6 anos, enquanto Manoela atende bebês, adultos e idosos.
Quando procurar um fonoaudiólogo?
De acordo com Nascimento, mostrar, pegar e chorar também faz parte da comunicação e por isso é importante observar o bebê logo no nascimento, durante a primeira amamentação, quando já começa a desenvolver a região da boca. A partir dos quatro meses, espera-se que se iniciem os balbucios expandindo para novas consoantes aos seis meses.
Existem alguns sinais de que é preciso buscar ajuda: Atraso no desenvolvimento global, troca de fonemas e gagueira (investigar em qualquer idade) e falta de iniciativa na comunicação momento em que a criança não pede, mostra ou aponta o que deseja.
Fonoaudiologia e o TEA
Conforme a terapeuta, o autismo é classificado em três níveis:
Nível Um: pode realizar as atividades da vida diária de forma independente ou com pouco suporte.
Nível Dois: pode precisar de suporte para algumas atividades da vida diária.
Nível Três: precisa de suporte constante para realizar todas as atividades da vida diária. “É normal os pais trazerem os filhos com um autodiagnostico ‘meu filho é autista’, e nem sempre se trata disso, às vezes a criança não desenvolve a comunicação por conta de outro fator e quando falamos de comunicação há muitas possibilidades”, comenta.
Linguagem coloquial e formal
Dentro do tratamento a linguagem coloquial é usada para tornar as instruções e exercícios mais compreensíveis ao paciente já a linguagem formal é empregada ao discutir aspectos técnicos, garantindo precisão na comunicação com objetivo de oferecer um ambiente de terapia claro e eficaz.
“Apesar de ser mineira, as pessoas não identificam meu sotaque, pois aqui tenho que ser exemplo e para poder auxiliar no tratamento, preciso me adaptar a forma como a região se comunica então utilizo a linguagem coloquial. Mas ao conversar de forma profissional ou sobre redigir textos é necessário utilizarmos a linguagem formal”, finaliza Nascimento.