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Grupo de indígenas da Amazônia têm uma das taxas de demência mais baixas do mundo

A saúde formidável dos indígenas do povo Tsimané, da Amazônia boliviana, tem sido alvo da sondagem científica nos últimos anos. Em 2017, um artigo publicado na The Lancet indicou que os corações mais saudáveis do mundo estavam no povoado. Agora, ao lado da tribo Moseten, da mesma região, participaram de novas pesquisas. Dessa vez, o resultado foi divulgado na revista científica Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association. O estudo revelou que apenas 1% dos idosos dos dois povos sofre demência.

Um dos autores do estudo, Hillard Kaplan destacou: “Nosso estilo de vida sedentário e dieta rica em açúcares e gorduras podem estar acelerando a perda de tecido cerebral com a idade e nos tornando mais vulneráveis a doenças como Alzheimer”.

Os indígenas da Amazônia boliviana têm hábitos saudáveis e são bastante ativos. E a dieta é bem diferenciada, levando em consideração a quem vive em contexto urbano e industrial, muitas vezes, com comportamento sedentário.

Na dieta dos Tsinamé, por exemplo, 17% é uma combinação de carnes de porco selvagem, anta e capivara; 7% é composta de peixes frescos, como piranha e bagre e o restante vem da agricultura, como arroz, milho, mandioca e banana da terra. Eles também consomem grandes quantidades de frutas silvestres e nozes.

Segundo o estudo, os Tsinamé sofrem uma diminuição do volume cerebral 70% mais lenta do que o comum com o avanço da idade, registrado por americanos e europeus, por exemplo. A pesquisa ressalta a importância destes dados, uma vez que a atrofia cerebral está relacionada ao risco de demência.

Fonte: Sonia Guajajara

 

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