No final de janeiro, o Governo estadual anunciou ter assinado um acordo para estudar a viabilidade de um sistema Hyperloop no Estado do Rio Grande do Sul. O transporte pode atingir 1.200 km/h e o objetivo seria fazer a rota de Porto Alegre até a Serra Gaúcha, viagem que demoraria apenas 12 minutos com a nova tecnologia. Esse mesmo trajeto é feito em cerca de uma hora e meia de carro e três horas de ônibus.
A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) desenvolverá esse projeto através do programa Techfuturo, em parceria com a empresa global de transportes HyperloopTT e o apoio científico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Alguns podem pensar que este projeto não é possível de se realizar, que é futurista. Há alguns anos, já havia pessoas que não imaginavam que poderíamos ter vacinas”, lembrou Eduardo Leite. Também afirmou que sua gestão estimula o ambiente de inovação e ciência. “A partir de estudos, podemos sonhar”.
Hyperloop?
Ideia de Elon Musk, CEO da Tesla, a Hyperloop é uma cápsula com levitação magnética, que, lançada em tubo a vácuo, pode chegar a uma velocidade próxima a do som. O presidente da empresa HyperloopTT, Dirk Ahlborn, explica que a nova tecnologia “resolve um dos maiores problemas do transporte hoje: a falta de ferrovias e metrôs lucrativos.” Além disso, a proposta segue diretrizes ecológicas e funciona à base de energia solar.
“Ainda não existem projetos da empresa operando, mas há um estudo nos EUA, com a rota Chicago-Cleveland-Pittburgh, e um sistema em implantação em Toulouse, na França. O Brasil tem muito potencial e o Rio Grande do Sul poderá estar numa segunda onda com outros locais do mundo”, projetou Ahlborn.