Dia do Idoso: promovendo qualidade de vida na terceira idade

Por: Andieli Dias

O Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade, celebrados em 1º de outubro, têm como objetivo não apenas homenagear as pessoas idosas, mas também conscientizar a sociedade sobre suas necessidades. Atualmente, os idosos representam 14,3% da população brasileira e, até 2030, espera-se que superem o número de crianças e adolescentes de zero a quatorze anos.

No Brasil, a aprovação do Estatuto do Idoso, em 2003, consolidou garantias importantes, como o direito à saúde, alimentação, educação e dignidade. A data reforça a importância da efetivação desses direitos e a responsabilidade do Estado e da sociedade em garantir um envelhecimento com qualidade de vida.

Em Encantado, a enfermeira Carla Ludwig, formada em Enfermagem e administradora do residencial Boa Vivência, compartilha sua experiência no cuidado diário com 21 residentes, oferecendo não só cuidados físicos, mas também um ambiente emocionalmente acolhedor.

A vocação pelo cuidado
Desde cedo, Carla sentiu um chamado para a área da saúde, influenciada pela experiência pessoal de cuidar do pai, que enfrentava problemas de saúde e ficou acamado. “Sempre fui apaixonada pelo cuidado com os idosos, porque eles voltam a ser como crianças, precisando de atenção constante”, compartilha. Para ela, o cuidado com a terceira idade vai além da profissão, é uma verdadeira missão de vida.

Adaptar-se a um novo lar
Carla reconhece o impacto emocional que os idosos enfrentam ao mudar-se para a clínica. “Nos primeiros dias, é comum que se sintam inseguros ou até abandonados. Nesses momentos, nossa equipe redobra os cuidados, garantindo que eles se sintam parte de uma nova família”, explica. A enfermeira destaca a importância de criar um vínculo de confiança com cada residente, mostrando que o local é seguro e acolhedor.

Atividades que enriquecem a vida
Além dos cuidados de saúde, o residencial oferece uma série de atividades recreativas que estimulam os idosos tanto física quanto mentalmente. “As atividades, como leitura, jogos de memória, pilates e pintura, são mais do que uma distração; elas estimulam a coordenação, a memória e, principalmente, promovem momentos de alegria e socialização, essenciais para o bem-estar deles”, afirma Carla. Cada idoso recebe um cuidado individualizado, levando em consideração suas particularidades e necessidades.

Um trabalho de amor
O vínculo criado entre a equipe e os residentes vai além do profissional. “Eles me chamam de ‘tia Carla’, e isso mostra o quanto nos tornamos próximos. É um trabalho de amor, e cada dia aprendemos mais com eles”, conta emocionada.