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Homem é preso por suspeita de extorquir empresários e aplicar golpe dos nudes no RS

Homem preso em Sapiranga chantageava empresários da região para pagarem quantias em troca de segurança — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Suspeito por extorquir empresários das Regiões dos Vales e do Paranhana, um homem de 24 anos foi preso em flagrante pela Polícia Civil, em Sapiranga,  Região Metropolitana de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (21). Ele também faria parte de um esquema envolvido no chamado golpe dos nudes.

Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão da Operação Timeo, cujo alvo são suspeitos do crime de extorsão, o investigado foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele tentou fugir do endereço alvo da operação, no bairro São Jacó, portando um revólver calibre 38 adulterado.

Segundo a polícia, o criminoso possui vários antecedentes policiais por tráfico de drogas e organização criminosa, e chegou a ser recolhido ao sistema penitenciário, porém estava em regime aberto e fazia uso de tornozeleira eletrônica.

Em Parobé, outro envolvido no esquema que emprestava a conta bancária para recebimento dos valores extorquidos foi conduzido à delegacia, e confessou a participação no esquema.

Como agiam os suspeitos

Segundo a polícia, os criminosos tinham como alvo comerciantes do setor de revenda de veículos de Ivoti.

Em um dos casos, um empresário recebeu uma ligação telefônica, em que um homem teria dito que estaria cobrando uma suposta “taxa para poder trabalhar” e que, caso não pagassem, os estabelecimentos comerciais seriam alvos de “tiros” e de “incêndios”. Os valores cobrados, em média de R$ 500, seria em troca de suposta “segurança”.

Já com o golpe dos nudes, a quadrilha extorquia valores de moradores em várias cidades da região. Uma delas chegou a perder R$ 18 mil.

O golpista entrava em contato com a vítima com perfil fake de uma menina, pelo Facebook. Trocava conversas até o momento de trocarem imagens. Quando a vítima passava uma imagem sua, o investigado entrava em contato com ela se passando pelo pai de uma menor de idade, que exigia dinheiro para não divulgar imagens da vítima à sua família e para não levar o caso adiante com a polícia.

Em outra forma de extorquir dinheiro das vítimas, o criminoso criava documentos falsos com insígnia da Polícia Civil para simular comprovantes de um suposto “acordo de fiança” para que o caso não fosse adiante. Para dar aparência de veracidade à fraude, o golpista também envia falsos registros de ocorrências policiais.

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