A política de “uma mão lava a outra” nunca se extinguiu. E na verdade se pensarmos em um contexto positivo, ela é justa. A partir de uma ideia que tem como alicerce o pensamento de que juntos, oferecendo e recebendo, os objetivos são mais fáceis de serem solucionados, é benéfica.
Na província do Vale do Taquari é, ou melhor, deveria ser assim.
A parte alta da região, contemplada pela natureza exuberante, deu ao torrão a possibilidade de renascer para o desenvolvimento. Os bons líderes, visualizaram a vocação para o turismo. Criou-se o Trem dos Vales e o Cristo Protetor de Encantado, para somar-se ao viaduto mais alto das Américas. Na carona diversos investimentos voltados ao turismo surgem com a força de um furacão em erupção.
Na carona, ainda, embarcou a chamada região baixa do Vale, que se desenvolve a passos largos, mas quase que unicamente através do diversificado e robusto setores comercial e industriário de municípios como Estrela, Lajeado, Teutônia e Arroio do Meio. Assim, porque não embarcar também no vagão do turismo e colher frutos de uma árvore plantada e cultivada pelo vizinho?
Desta forma, foi aberta a temporada para conhecer o Vale do Acolhimento. Um marketing belíssimo, com produções impecáveis, mostra as belezas de toda uma região que tem como sua cereja, obviamente, a parte alta.
No entanto, de graça, nem cachorro abana o rabo. Os líderes do alto cobraram a conta, pediram união em uma antiga demanda. O incômodo, o preço e a localização de um pedágio que divide região alta e baixa, afasta comunidades e trava o desenvolvimento através de outros setores.
Os líderes da região alta querem que seus municípios se desenvolvam também através de outras áreas, como a das indústrias, força que é ostentada na região baixa, livre de cancelas. É justo”.
