Jovem desempregada que devolveu R$ 1,7 mil achados em Jaboticabal, SP, é contratada por empresa: ‘Melhor que dinheiro’
Jéssica Barros agora trabalha como cuidadora em lar de idosos na cidade. 'Pessoas com atitudes assim merecem confiança', diz proprietário da empresa.
A jovem que estava desempregada e devolveu uma bolsa com R$ 1,7 mil dentro foi contratada por um lar de idosos e agora trabalha como cuidadora em Jaboticabal (SP).
Para Jéssica Caroline Barros, de 28 anos, a oportunidade veio em boa hora, já que estava à procura de um emprego havia três meses.
“Estava fazendo freelancer de depilação. Estava difícil para pagar as contas. E o mais difícil era não poder ajudar em casa, porque somos eu, minha mãe, meu avô, meus irmãos e mais um sobrinho. Foi um presente de Deus. Melhor que dinheiro, porque dinheiro acaba, e emprego dá estabilidade”, conta.
‘Merece confiança’
Após saber que Jéssica estava desempregada, o proprietário do lar de idosos, Leandro Ferreira, se sensibilizou com o caso e resolveu procurá-la. Eles agendaram uma entrevista de emprego para 4 de janeiro. Um dia depois, a jovem iniciou sua trajetória na empresa.
“Pessoas com atitudes assim merecem toda a credibilidade e confiança. Os idosos que nós temos aqui merecem todo o carinho, amor, atenção e pessoas honestas, assim como a Jéssica foi. Mérito dela e que Deus continue a abençoando”, pontua o empresário.
Para Leandro, a atitude da cuidadora é um indicativo de empatia e reflete diretamente em seu lado profissional.
“É difícil achar pessoas honestas como a Jéssica. Se ela teve essa atitude lá, ela vai ter a mesma atitude cuidando de nossos idosos”, conclui.
O caso
Jéssica Caroline Barros encontrou a bolsa com o dinheiro caída em uma sarjeta na Rua Castro Alves, no Centro de Jaboticabal, em 2 de janeiro. Como ninguém apareceu no local, ela decidiu fazer uma publicação nas redes sociais informando o ocorrido.
Dias depois, recebeu uma mensagem do sobrinho da dona da bolsa. Em seguida, entregou a ele o dinheiro da aposentada. O valor – R$ 1.740,25 – era referente ao benefício da mulher.
“É o mesmo que queria que fizessem comigo. Imaginei a pessoa desesperada, precisando do dinheiro. A consciência está tranquila. Fiz o certo, graças a Deus. [Sensação] de bem-estar com a gente, e feliz por a pessoa estar bem e ter recebido o dinheiro”, afirma Jéssica.
