Desde a alteração na Lei 4.744 (de 13 de outubro de 2021) do Programa de Acompanhamento Genético e Sanitário do Rebanho Bovino e Suíno foram realizadas 3.576 inseminações, um crescimento de 146% em relação ao período anterior. Para se ter uma ideia, neste ano, até o final de julho, já foram feitas 1.539 inseminações, uma quantidade superior a todo o ano de 2021 (1.453).
Os valores também comprovam os benefícios advindos da nova legislação ao produtor rural de Encantado. Em 2021 foram investidos R$ 72.504,00 com inseminações artificiais. Já nos últimos 19 meses, foram R$ 227.490,00.
A mudança também contemplou a prestação de serviço técnico realizado por profissional veterinário. Em 2021, foram realizados 675 atendimentos. Após, já são contabilizados 2.090, uma média de 110 atendimentos/mês, ou seja, mais que o dobro do que era realizado nos moldes da Lei anterior (56 atendimentos/mês).
Dados mostram que o valor investido em serviços veterinários triplicou. Em 2021, foram R$ 60.629,00 (R$ 5.052,00/mês). Já nos últimos 19 meses, foram R$ 286.600,00 (R$ 15.084,00/mês).
Como funcionava
Com a legislação anterior a Administração Municipal era responsável pelo sêmen e por 65% do valor do investimento (destinado a deslocamento do veterinário e inseminação) e o restante competia ao produtor rural.
Já na assistência veterinária do rebanho bovino e suíno, o primeiro atendimento mensal era 100% subsidiado pelo município. Nos demais chamados, 80% eram pagos pela prefeitura e o restante pelo produtor.
O secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural Odocir Bagatini comemora os resultados obtidos desde a implementação da mudança na Lei. “Agora o produtor tem liberdade para escolher o material e o profissional de sua confiança. Tudo contratado pelo município via credenciamento. Com a nova Lei mais empresas participam do processo e a competição qualifica o serviço. Antes era uma empresa que atendia e agora são oito. É importante ressaltar que os custos dos serviços e dos deslocamentos são 100% subsidiados pela prefeitura”, comenta.
Antes da mudança, a pasta fornecia o sêmen da raça Jersey e Holândes. Agora, o produtor paga pelo material e pode escolher de acordo com a sua preferência ao qual irá proporcionar um maior melhoramento genético. O medicamento também é de responsabilidade do produtor.
Uma voz em defesa da alteração da nova Lei, o vereador Joel Bottoni, avalia positivamente os avanços e destaca o acerto dos vereadores em apoiarem o projeto do Executivo, tudo isso embasado tecnicamente no Conselho de Desenvolvimento Rural de Encantado. “É sempre importante essa parceria do prefeito com os vereadores. A gente que conversa direto com os produtores percebe que eles aprovaram a mudança”, frisa.
Reflexo dessa mudança positiva está na propriedade do produtor rural Maicon Fraporti, localizada na Barra do Coqueiro. “Está funcionando muito bem. Às vezes penso que é demais e até fico com medo da gente retroceder e perder esses benefícios. Temos uma variedade boa de veterinários e sempre que tem uma dificuldade não ficamos sem o atendimento. Com a inseminação é da mesma forma, a gente pode escolher um fornecedor com preço mais acessível ou um que investe em mais qualidade e cobra por isso. Está nos ajudando bastante, inclusive, nossa propriedade reflete bem essa melhoria. Quando começamos a olhar para os nossos animais vemos a sanidade do nosso plantel, estamos muito contentes com o serviço”, enaltece Fraporti.