As comunidades de Encantado realizarão até o fim de 2023, 27 festas comunitárias em honra aos padroeiros. A população abraça os eventos. Realizados a cada mês em localidades diferentes, os eventos fortalecem o espírito voluntário.
Presidentes de entidades, famílias, mães e crianças participam ativamente, cada qual em uma função.
Mais do que meras celebrações, as festas representam o legado de colaboração e trabalho em equipe que moldaram as raízes da cidade. O calendário festivo é divulgado no início de ano, feito pelo pároco e os presidentes comunitários. Tudo isso incluído no calendário de eventos do município elaborado pela secretaria de Turismo e Desenvolvimento.
O padre Sérgio Oliva Geremia, salienta que os eventos fortalecem a fé e a função social. “Os encontros valorizam a crença no padroeiro e revigoram o aspecto social. É momento das pessoas doarem gratuitamente seu tempo para a comunidade e reencontrarem amigos”.
Prefeitura auxilia fazendo acessos
Neste domingo, a comunidade São Roque promove a cerimônia anual com missa e atividade dançante, em Linha São Roque. Os organizadores trabalham para vender as fichas do almoço e recepcionar os convidados. Também será levada em destaque, a figura do padroeiro. A Prefeitura de Encantado auxilia os eventos aperfeiçoando a infraestrutura: melhoria dos acessos de estradas e mantendo a iluminação.
Prefeito Jonas prestigia festas e valoriza comunidades
O prefeito Jonas Calvi é presença ativa nas comunidades. Ele acredita que os eventos expressam o espírito de confraternização. “Em nossa cidade, estamos avançados em tecnologia. Nossos já aprenderam a lidar com tablets e o digital. Mas também precisamos não nos perder das nossas raízes, que representam nossos valores”.
Segundo o prefeito Jonas, além de celebrar encontros, as festas valorizam a dimensão espiritual. “Preparamos tudo para que a prefeitura seja parceira destes eventos: para que as pessoas se sintam acolhidas, e aproveitem o momento espiritual e social.”
Festas enaltecem voluntariado
Joel Bottoni, ex-presidente comunitário de Palmas, destaca como as festas honram a nossa história. “Os nossos antepassados ajudaram a construir as comunidades. É uma forma de valorizar e cultivar a ideia de voluntariado”.
O serviço voluntário desempenha um papel central: pais se transformam em garçons, churrasqueiros ou coletores de rifa. Mães viram cozinheiras e servem as mesas ou ajudam na limpeza. Essa prática não apenas preserva tradições, mas também transmite valores de colaboração e altruísmo às gerações futuras. É a maneira prática de relembrar a importância desses princípios que foram fundamentais para a construção da sociedade.
Envolvimento é a essência de Marisete
A industriária Marisete Lancini (50) é uma voz notável no voluntariado da cidade. Desde a infância, ela aprendeu a importância do serviço participativo vendendo rifas e servindo mesas. “Meus pais me levavam para estas festas desde pequena”.
Hoje, como presidente do Clube Boa União de Palmas, ela continua a promover o espírito de doação. Nas festas das paróquias, participa dos almoços. Nos eventos do seu clube, colabora na organização. Para Marisete, o voluntariado é uma parte essencial de sua identidade. “Eu gosto de ajudar”.