Conselho de Segurança da ONU não faz paz, faz guerra, afirma Lula em Angola
Neste sábado (26), o presidente encerrou sua viagem com críticas ao órgão e defesa de melhor "representação geográfica"
Neste sábado (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou sua viagem a Angola com críticas ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Para o petista, o órgão, que “deveria ser de segurança, faz a guerra sem conversar com ninguém”.
Composto por 15 países, o Conselho tem como principal atribuição a manutenção da segurança e da paz a nível internacional, além de atuar na resolução de conflitos entre nações.
Lula fez críticas ao fato de que a Rússia, os Estados Unidos, a França e a Inglaterra “invadem” outros territórios sem o aval da entidade. Os quatro citados são membros permanentes, ao lado da China, que não foi mencionada nas críticas do presidente.
Ainda integram o órgão, Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Esses países, porém, estão no Conselho temporariamente, em mandatos de dois anos.
Ele defendeu também que a África, a América Latina e a Ásia sejam melhor representadas no Conselho, já que não há uma “representação geográfica condizente com a realidade”.
“ONU enfraquecida”
Para Lula, a Organização das Nações Unidas está “enfraquecida”: “Em 1948, a ONU conseguiu criar o Estado de Israel, mas em 2023 ela não consegue fazer cumprir a área reservada aos palestinos”.
O petista menciona ainda questões climáticas como provas da fragilização, mas exalta a importância histórica daquela que chama de “organização multilateral mais importante que criamos até agora”.
Após a visita a Angola, o presidente brasileiro segue para São Tomé e Príncipe, também no continente africano, onde participa da Cúpula dos Países de Língua Portuguesa.