Concessão de rodovias da Serra e do Vale do Caí garante R$ 270 milhões em investimentos em 2023
Os motoristas que trafegam pelas estradas do Vale do Caí e da Serra que fazem parte do chamado Bloco 3 do programa de concessão de rodovias do governo do Estado já sentem os benefícios da parceria com a iniciativa privada. Desde fevereiro do ano passado, os 271,5 quilômetros administrados pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) já receberam cerca de R$ 270 milhões em investimentos para operação, conservação, manutenção e melhoria da infraestrutura nas estradas ERS-122, ERS-446, ERS-240, RSC-453, BR-470 e RSC-287.
Os 12 primeiros meses de concessão foram concentrados na execução dos trabalhos iniciais de pavimentação, sinalização e reformas nas seis malhas viárias, que cruzam 18 municípios gaúchos, assim como a intervenção emergencial durante as chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul.
O principal destaque da concessão no período foi o free flow. O sistema de cobrança de pedágio com passagem livre, sem cancelas ou filas, é o primeiro do país a funcionar em rodovias estaduais. A tecnologia opera por pórticos com câmeras e sensores de identificação de veículos.
Segundo o secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, o objetivo de promover parcerias público-privadas é garantir mais investimentos e melhores serviços públicos aos cidadãos. “O pioneirismo do free flow foi o que mais chamou a atenção positivamente, mas tivemos outros destaques nesse primeiro ano de concessão”, disse.
Capeluppi elencou algumas ações nas rodovias da Serra e do Vale do Caí. “Foram restaurados todos os pavimentos dos 271,5 quilômetros do Bloco 3. Entre as obras, destaco a recuperação asfáltica dos 40 quilômetros da ERS-122, entre os km 126 e 168, um trecho que apresentava condições muito precárias até então, entre Antônio Prado, Ipê e Campestre da Serra. Outro ponto a se destacar foi a instalação das bases de atendimento ao cliente, que garantem mais segurança e conforto para os motoristas, bem como a rápida resposta diante de eventos climáticos extremos, no sentido de liberação dos locais afetados das rodovias”, resumiu.
O diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres, considera que os trabalhos de manutenção e conservação mudaram a forma de viajar nestas localidades, oferecendo conforto, fluidez e segurança na trafegabilidade. “Em fevereiro de 2023, encontramos rodovias em estado precário. Havia problemas de pavimentação, em obras de arte especiais, na drenagem, na sinalização, em terraplenos e nos elementos de proteção e segurança. Atualmente, temos a satisfação de entregar as seis rodovias com todos os seus sistemas plenamente funcionais, agregando uma melhora significativa no tráfego”, salientou.
Obras previstas
Para o segundo ano, a CSG construirá um Ponto de Parada e Descanso de Caminhoneiros (PPD), com previsão de conclusão até janeiro de 2025. O local da obra está em fase de estudo. Entre novembro deste ano e janeiro de 2025, serão iniciadas as duplicações no Vale do Caí e na Serra, que, nesta primeira etapa, incluirá as rodovias ERS-122 (contorno de Caxias do Sul), RSC-453 (entre Farroupilha e Bento Gonçalves) e RSC-240 (travessia urbana de Montenegro). Até 2030, serão duplicados 120 quilômetros entre as regiões.
Estão previstas ainda a adequação e implementação de 34,66 quilômetros de acostamentos em trechos das rodovias administradas e a implementação da cobrança de cinco pórticos de free flow, além de serem mantidos todos os parâmetros de conservação da pavimentação, de alargamento e reforço de pontes e viadutos, de drenagem, de sinalização, de terraplenos, de elementos de proteção e segurança, de atendimentos médico, mecânico e ao cliente e de ouvidoria, entre outros.
Primeiro ano em números
Roçada, limpeza, capina, poda baixa em 26.067.840 metros quadrados
Quase 10 mil placas de sinalização limpas, niveladas e instaladas
140 toneladas de resíduos recolhidos ao longo da malha rodoviária
Poda alta realizada em 543 mil metros
70 obras de artes especiais foram limpas, pintadas e estão com drenagens funcionais
Mais de 150 guarda-corpos aplicados em pontes, passarelas, túneis e viadutos
Instalação de mais de 18 mil metros de barreiras de proteção
Desobstrução e recuperação de drenagens de 4,8 mil vias
Cerca de 105 mil toneladas de asfalto aplicadas na recuperação do pavimento
5.787 atendimentos mecânicos, como pane elétrica, troca de pneu e guincho
1.308 emergências médicas com ambulância
Construção de 5 bases de atendimento para descanso e apoio aos clientes (Ipê, Flores da Cunha, Farroupilha, Bom Princípio e Capela de Santana)
Construção do Centro de Controle Operacional para monitoramento simultâneo dos 271,5 quilômetros de concessão
Cerca de R$ 220 milhões investidos em melhorias e R$ 50 milhões na operação das rodovias