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As famílias venezuelanas chegam à Dália

No total, 77 pessoas já estão instaladas em Arroio do Meio 

As famílias venezuelanas assistidas pela agência Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU) foram acolhidas no Complexo Industrial Avícola da Cooperativa Dália Alimentos no dia 31 de janeiro, em Arroio do Meio. Após um almoço oferecido pela cooperativa receberam as boas-vindas do gerente da Divisão Frango de Corte e participaram de uma dinâmica de integração.

Dentre os 77 imigrantes encontram-se 50 venezuelanos que passaram pelo processo de Integração no dia 3 de fevereiro, com início das atividades laborais programado para o dia 4 de fevereiro. A maioria deles trabalharão no frigorífico de aves em Arroio do Meio. “A Dália tem em sua origem a força dos descendentes de imigrantes italianos e alemães, por isso, acolher essas famílias venezuelanas é motivo de grande honra”, afirma o Presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini.

O dirigente também destaca a visão social e humanitária que a cooperativa tem, especialmente em relação aos imigrantes, desde 2012, quando foram oferecidos postos de trabalho para haitianos. “A Dália tem como missão o desenvolvimento econômico, fundamental para viabilizar o trabalho social. Neste contexto, observamos a busca por melhores condições de vida dos venezuelanos e os desafios enfrentados por essas famílias. São indivíduos repletos de fé e esperança, que almejam dignidade por meio do trabalho”, explica.

Boas-vindas e dinâmica

Durante as boas-vindas, animadas por músicas venezuelanas e dinâmicas que simulavam a produção em série típica da indústria, o Gerente da Divisão Frango de Corte, Eduardo Koefender, apresentou a estrutura da indústria e as diretrizes da Dália. “Estamos muito felizes em receber todos vocês. Desejamos as boas-vindas a todas as famílias. Observamos que todos são organizados. É exatamente disso que a Dália precisa: pessoas dispostas a trabalhar”, elogiou Koefender ao reconhecer a postura proativa do grupo de imigrantes.

O gerente também conduziu uma dinâmica utilizando copos plásticos dispostos sobre uma mesa, simulando uma esteira onde cada participante deveria reunir os copos no final da mesa.

“Só temos a agradecer”

Natural do município de Caripe, no estado de Monagas, localizado na região nordeste da Venezuela, Luis Enrique Rondon Reina (34), chegou ao Brasil com sua esposa e seus dois filhos em busca de melhores condições de vida. “Só temos a agradecer pela oportunidade oferecida pela Dália. Isso nos ajudará a garantir 60 dias sem custos até nossa adaptação”, destaca Enrique.

Ele compartilha que o sonho da família é conquistar e criar raízes no RS. “Além de conhecer a indústria, também tivemos um breve contato com a cidade de Arroio do Meio. Gostamos muito deste lugar, pois parece seguro e tranquilo. Nossa expectativa é recomeçar nossas vidas por meio desta grande oportunidade que a empresa nos proporcionou”.

 

Recomeços

Assim como Luis Enrique, Glennys Del Valle Betancourt Garcia (45) também migrou da Venezuela em busca de melhores condições econômicas e sociais. “Saí junto com meu marido Jorge Luis e meu filho Oliver do município de Maturin, capital do estado de Monagas, em busca de estabilidade. As condições na Venezuela estavam difíceis e enfrentamos muitos desafios até chegarmos ao Vale do Taquari”, relata.

A família de Glennys está há dois anos no Brasil à procura de trabalho e, após as agências vinculadas à ONU entrarem em contato com a Dália, vislumbrou-se uma oportunidade para reconstruir suas vidas. “Nesses dois anos no país enfrentamos diversas dificuldades. Em contrapartida, fomos muito bem recebidos na Dália. Estamos bastante animados e só temos a agradecer”, conclui Glennys.

Agro Dália

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