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Prefeitos

Está sendo compartilhado nas redes sociais o nome de prefeitos que são contra o pedágio, prefeitos que não responderam e os favoráveis ao pedágio no sistema free flow, que é uma proposta do governo do Estado para a concessão do Bloco 2, do qual faz parte a nossa região. Essa exposição tenta valorizar os prefeitos que são publicamente contrários e desacreditar os prefeitos favoráveis aos arcos de cobrança espalhados ao longo dessas rodovias.

Mais uma vez, o componente político faz uso da massa que não quer pagar o pedágio e nem compreende o modelo. Na verdade, ninguém gosta de pagar para usar as rodovias. Também penso que o Estado deveria construir, conservar e duplicar, porque esta é a sua responsabilidade. Notadamente, isso não acontece e, caso não fosse pelas concessões e investimento privado, essas rodovias dificilmente seriam modernizadas para garantir o fluxo crescente.

Partidos de oposição ao governador Eduardo Leite, visando às eleições do ano que vem, usam esses descontentes como massa de manobra, que compartilham em suas redes sem se dar conta de que nada mudará, caso esses sejam eleitos — até porque o orçamento é cada vez mais apertado e não haverá como fazer um investimento desse montante sem conceder ao setor privado.

Se não se optar pelo pedágio, em pouco tempo não teremos investimento e tampouco estradas.

Opinião

Há poucos anos, quando algumas pessoas se reuniam, havia um ou dois inteligentes e capazes de discernir sobre determinada informação. Nesse mesmo grupo, também havia os que não sabiam e, também, um bom número de burros, toscos e teimosos. Isso sempre foi normal. O problema agora é que esses burros, toscos e teimosos se encontram em número muito grande por conta das redes sociais. A diferença é somente a proporção — o grupo apenas aumentou. Porém, continuam burros, toscos e teimosos.

Bizarro

O pedágio está sendo motivo para unir o impossível. Há uma foto que foi publicada após uma reunião política realizada na Câmara de Vereadores de Teutônia contra o pedágio que mais parece a junção do inacreditável. Atrás de uma faixa com os dizeres “RS Pedágios, não”, estão Chico Toriani, do PT de Encantado; Paulo Costi, do PP de Encantado; e o deputado Rodrigo Lorenzoni, do PL.

Cérbero

Quando vi a fotografia dos três — Paulo Costi, Chico Toriani e Rodrigo Lorenzoni — juntos, no mesmo discurso contra o pedágio, a primeira coisa que me veio à mente foi a figura mitológica Cérbero, também chamado de cão de Hades, geralmente descrito com três cabeças, uma serpente como cauda e cobras saindo de seu corpo. Sua função era guardar os portões do submundo para impedir que os mortos saíssem.

Histórico

Só para recordar: o pedágio que separou Palmas de Encantado foi implantado quando Paulo Costi era prefeito e aceitou, em troca, o ISS gerado na praça de pedágio. Quando Tarso Genro, do PT, era governador, terminou a concessão da Sulvias, que ficou por 25 anos cobrando pedágio sem fazer nada. Para continuar a cobrança, o governo do PT criou uma nova estrutura chamada Empresa Gaúcha de Rodovias, que administra 630 quilômetros de rodovias no Rio Grande do Sul com 10 praças de pedágio até hoje. E o deputado Rodrigo Lorenzoni, do PL, é um deputado de oposição ao governo Leite e, imagino, sonha em ver seu pai, Onyx Lorenzoni, governador, para “voltar a discutir esse processo”.

Prefeitos (continuação)

Nunca se ouviu falar, por esses lados, do interesse dos prefeitos da região de Casca, Marau, Serafina Corrêa, por exemplo, no pedágio instalado por 25 anos aqui em Encantado. Agora, quando a proposta é que todos paguem pelo trecho andado, colocam-se contra o modelo.

Favoráveis

Os prefeitos que estão sendo expostos por serem favoráveis ao pedágio no modelo free flow, como se fossem contra a população, têm a consciência de que as obras previstas no edital trarão à região mais mobilidade, tornando-a mais atrativa para as empresas que aqui estão e que necessitam de uma boa logística de transportes para ampliar seus negócios. Da mesma forma, poderá atrair novos investimentos. Está equivocado o prefeito que aposta contra o pedágio e, por consequência, contra a melhoria de todo o sistema viário. Sua região continuará dependendo da conservação das atuais rodovias pelo Daer ou pela EGR. Eu perguntaria: estão satisfeitos com o atual serviço recebido?

Free Flow

Nenhum cidadão, seja da sociedade civil ou mesmo prefeito, quer pagar pedágio. Só que este debate deve sair do nível da mediocridade ou da política de manipulação eleitoreira de certos aproveitadores que pensam nas vantagens próprias ou de seu grupo político — o que sempre será em desfavor da população.

O atual governo do Estado do Rio Grande do Sul só está conseguindo fazer investimentos em rodovias por conta do Funrig, que é o benefício dado pelo governo federal, o qual suspende o pagamento da dívida com a União por três anos, e esses recursos devem ser usados na reconstrução do Estado, que foi duramente atingido pelas catástrofes climáticas. O comprometimento orçamentário do Estado nos próximos anos não deve permitir grandes obras e, se alguém lhe disser que é possível, provavelmente ou é um desses burros, toscos e teimosos, ou é um político aproveitador.

Negociar

O interessante agora é tentar deixar de lado essa discussão rasa e sem proposta, e focar na diminuição das tarifas, sem deixar de realizar as principais obras nas rodovias, como, por exemplo, as duplicações.

União/Progressista

A federação que une os partidos PP e União Brasil deve se tornar um dos principais partidos do Brasil em número de deputados e senadores. São 109 deputados, 14 senadores e 1.400 prefeitos. O União Progressista terá um orçamento de R$ 1 bilhão só de fundo eleitoral. O registro no Tribunal Superior Eleitoral será com a sigla UPB. Inicialmente, seria apenas UP, só que poderia ser plágio, já que UP já é usada pelo partido Unidade Popular, que é de esquerda e é validado pelo TSE.

Conflitante

A nova federação partidária entre União Brasil e PP pode gerar desconforto na Câmara de Vereadores de Encantado. O União Brasil é da situação, da base de apoio do prefeito Jonas Calvi, enquanto o PP é de oposição. Importante dizer que esses partidos-membros funcionam como um só no apoio também a deputados federais, estaduais/distritais e vereadores. Outro detalhe: como é uma federação, não há possibilidade de sair do partido sem perder o cargo. Diferente de fusão ou incorporação de partidos, como pretende ser o PSDB e o Podemos. Nesse caso, o vereador ou deputado pode deixar a legenda, se quiser, sem punição por infidelidade partidária.

Local

O vereador Cris Costa até perguntou, em tom irônico, porém dizendo que era uma brincadeira, se o novo partido UPB será situação ou oposição. Gerou uma tensão e, certamente, vai dar pano para manga. Se já estivesse valendo nas eleições municipais, os vereadores eleitos do União Brasil e do PP seriam os mesmos; mudaria apenas para Ivanor Daltoé, do União Brasil, que entraria pela média e não pelas sobras, como foi o seu caso.

Frase

“Ser mãe é amar sem medida, sem limites, com o coração aberto.” — Popular

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