
Foi sepultado nesta sexta-feira (4), em Niterói (RJ), o corpo da publicitária Juliana Marins, que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A cerimônia de despedida ocorreu no Cemitério Parque da Colina, no bairro Pendotiba, com velório entre 10h e 15h. A jovem havia chegado ao Brasil na última terça-feira (1º), após quatro dias de espera pelo resgate.
A família optou pelo enterro, mesmo após a Justiça autorizar a cremação, como forma de garantir eventual necessidade de exumação para futuras análises.
Família questiona estrutura de segurança
O pai de Juliana, Manoel Marins, criticou a falta de preparo e recursos da Defesa Civil local e afirmou que os últimos metros da trilha foram alcançados somente por voluntários. Para ele, houve negligência por parte da equipe responsável e despreparo no atendimento a turistas.
“Juliana poderia ter sido salva. Ela caiu em um ponto estreito e perigoso, e o guia estava distraído. Isso é negligência.”
Segundo exame e investigações
A Defensoria Pública da União solicitou uma nova autópsia no Brasil, realizada na quarta-feira (2). O laudo deve ser entregue em até sete dias. O exame feito em Bali apontou múltiplas fraturas e lesões internas, com estimativa de até 20 minutos de vida após a queda, sem sinais de hipotermia.
A família contesta a forma como o laudo anterior foi divulgado — em coletiva de imprensa antes da comunicação oficial aos parentes.
Juliana Marins, de 41 anos, era natural de Niterói e apaixonada por trilhas e turismo de aventura. Sua morte levanta questionamentos sobre as condições de segurança em roteiros turísticos na Indonésia. A família ainda avalia medidas judiciais.