Política

Morre o jornalista J.R. Guzzo aos 82 anos

Vítima de infarto aos 82 anos, ele foi um dos nomes mais influentes da imprensa brasileira, com passagens marcantes por Veja e Oeste. Colunista manteve tom implacável contra o governo Lula, o STF e práticas que, segundo ele, ameaçam a liberdade no Brasil.

Morreu na madrugada de sábado, 2 de agosto de 2025, o jornalista José Roberto Dias Guzzo, conhecido como J.R. Guzzo. Aos 82 anos, ele sofreu um infarto às 5h e deixa legado como analista político de peso e figura central da imprensa nacional. 


Carreira e trajetória

J.R. Guzzo nasceu em 10 de julho de 1943 em São Paulo. Começou a se destacar como diretor de redação da revista Veja, entre 1976 e 1991, período em que a circulação da publicação cresceu expressivamente, tornando-se a terceira maior tiragem semanal do mundo. 

Após essa fase, tornou-se colunista influente do Estado de S. Paulo e da revista Exame, além de ser um dos fundadores da revista Oeste, onde integrou o conselho editorial e se consolidou como o colunista mais impactante. 


Legado editorial

Conhecido por suas análises políticas e econômicas contundentes, Guzzo foi premiado com o Prêmio Esso de Jornalismo. Sua escrita firme e estilo preciso o tornaram referência ética e intelectual no jornalismo brasileiro, com influência sobre debates nacionais por décadas. 

A revista Oeste publicou nota oficial afirmando:

“Sem ele, Oeste não seria o que é.” 

Corrupção, censura e ativismo: temas centrais nos textos finais de J.R. Guzzo

Colunista manteve tom implacável contra o governo Lula, o STF e práticas que, segundo ele, ameaçam a liberdade no Brasil.

Guzzo apontou corrupção, ativismo judicial e censura como os principais males que, segundo ele, assolam o país. Em colunas recentes, destacou:

  • “Brasil está na Idade das Trevas”, afirmou, ao acusar artistas e intelectuais de aplaudir restrições a liberdades;

  • “Consórcio Lula-STF conseguiu o que queria: poder mandar censurar o que quiser”, escreveu ao tratar do controle sobre redes sociais;

  • “Ministros de Lula são uma nulidade – mas Haddad consegue ser o pior de todos”, disse, criticando a condução da economia.


Críticas à política externa

Nos textos, Guzzo também atacou a postura do Brasil em relações internacionais. Chamou o governo de “vira-lata subdesenvolvido” ao tratar da disputa com os EUA e afirmou que o país se tornou aliado automático das ditaduras mais abjetas do mundo, citando aproximações com Irã e outros regimes.


O estilo que marcou sua carreira

Mesmo nos últimos textos, Guzzo manteve a escrita incisiva e sem concessões. Para ele, o país vivia sob um ambiente de censura crescente e abuso de poder. Suas colunas, marcadas por frases diretas e sem eufemismos, continuam a circular amplamente nas redes e em publicações que destacam seu legado crítico.

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