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Lula critica Trump, Israel e Bolsonaro em reunião com ministros no Planalto

Presidente reforça discurso de soberania nacional e condena conflitos internacionais; ministros usavam boné com frase “O Brasil é dos brasileiros”

Em reunião ministerial nesta terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao governo de Israel e à família do ex-presidente Jair Bolsonaro. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e foi transmitido à imprensa.

Soberania em destaque

Lula e seus ministros usavam bonés azuis com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. O presidente afirmou que o país está aberto ao diálogo, mas não aceita ser tratado como subalterno por outras nações.

“Temos uma Constituição, temos legislação. Quem quiser entrar nesse território tem que respeitar nossas regras”, afirmou.

Críticas a Trump e às big techs

O presidente voltou a criticar Trump, acusando o norte-americano de agir como “imperador do planeta” e de ameaçar governos que tentam regular as grandes empresas de tecnologia. Lula defende um projeto de regulação das big techs, que deve ser enviado ao Congresso ainda este ano.

Lamentou também o episódio em que os Estados Unidos suspenderam o visto do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, classificando o ato como um “gesto irresponsável”.

Relação com Israel

Lula reafirmou sua posição contrária à ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, dizendo que há “continuidade do genocídio” contra civis palestinos. As declarações ocorrem em meio ao aumento da tensão diplomática, após o governo brasileiro não oficializar um novo embaixador de Israel no país.

Em resposta, o ministro da Defesa israelense Israel Katz chamou Lula de “antissemita e apoiador do Hamas”.

Guerra na Ucrânia

Lula também comentou sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia, afirmando que o fim da guerra depende da coragem das lideranças para assumir o custo político e econômico da reconstrução.

“A preocupação maior agora é saber quem vai arcar com a dívida do conflito”, disse.

Bolsonaro e reeleição

O presidente voltou a chamar Eduardo Bolsonaro de “traidor da pátria” por atuar nos EUA em articulações contra o governo brasileiro. Segundo Lula, a conduta do deputado federal é uma das maiores traições já vistas no país.

Com a eleição de 2026 no horizonte, Lula intensifica sua agenda e discurso. A reunião com ministros foi a segunda do ano e, segundo ele, marca o início de uma nova fase de entregas e mobilização política rumo ao quarto mandato.

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