Homem é preso por matar namorada e esconder corpo em mala na rodoviária de Porto Alegre

A Polícia Civil prendeu preventivamente nesta sexta-feira, 5 de setembro de 2025, Ricardo Jardim, 65 anos, suspeito de assassinar sua namorada e abandonar parte do corpo em sacos de lixo na Zona Leste de Porto Alegre e o torso dentro de uma mala deixada em um armário da rodoviária da capital. Ele já havia sido condenado a 28 anos de prisão por matar e concretar a própria mãe, em julgamento de 2018, mas estava foragido.

Antecedentes criminosos

Ricardo Jardim havia sido condenado em 2018 por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe ou meio cruel), ocultação de cadáver e posse de arma. No crime de 2015, ele matou e concretou a mãe, negando o homicídio e alegando apenas a ocultação do corpo . A sentença compreendia 27 anos em regime fechado e um ano em regime aberto ou semiaberto, a qual foi parcialmente cumprida até sua fuga.

Dinâmica do crime atual

• Vítima: mulher de cerca de 50 anos, namorada do suspeito. Identidade não divulgada

• Disposição dos restos mortais:

  • 13 de agosto: braços e pernas descartados em sacos de lixo, num local isolado na Zona Leste

  • 20 de agosto: torso deixado dentro de mala em armário da rodoviária, em local movimentado e com câmeras

• Motivação apontada pela polícia: tentativa de “afrontar a sociedade” — “afrontar o estado, afrontar a polícia” — ao planejar os descartes em locais de perfis distinto

• Ação criminosa pode também ter caráter financeiro: suspeita de tentativa de uso de cartões e movimentação bancária da vítima

Perfil do suspeito e investigações

• Ricardo Jardim é descrito como “extremamente educado, frio e aparentemente muito inteligente”; o delegado destacou a capacidade organizacional e conhecimento técnico em cortes

• Ele teria adotado medidas para ocultar a identidade — luvas, máscara, óculos, boné —, mas ainda se expôs ao ser filmado

• A polícia suspeita que ele utilizou perfis falsos gerados por IA para atrair mulheres e teria deixado pistas falsas dentro da mala, além de possivelmente realizar denúncias falsas

Contato com a rodoviária

• A mala ficou 12 dias no guarda-volumes da rodoviária. O forte odor fez funcionários abrir o armário, constatando o tronco humano e acionando a polícia

• O crânio da vítima ainda não foi encontrado; a polícia considera possível sequência macabra e segue investigando coautores

• O assassinato ocorreu em 9 de agosto. A investigação busca esclarecer se outras pessoas auxiliaram no crime

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