Professor de Direito preso por suspeita de crimes sexuais no RS já tem 13 mulheres que se dizem vítimas
Polícia acredita que número deve aumentar; denúncias relatam abusos entre 2013 e 2025

O número de mulheres que se dizem vítimas do professor de Direito Conrado Paulino da Rosa subiu para 13, segundo informou a Polícia Civil nesta sexta-feira (26). A prisão temporária do advogado ocorreu em Porto Alegre, e a investigação aponta relatos de abusos cometidos entre 2013 e 2025.
De acordo com a delegada Waleska Alvarenga, uma das vítimas procurou a delegacia após a prisão do suspeito, descrevendo violência no mesmo padrão relatado por outras mulheres. A polícia já identificou 11 vítimas de forma oficial e apura denúncias também fora do Rio Grande do Sul.
Prisão temporária e investigação
Conrado está em prisão temporária de 30 dias, que pode ser prorrogada por mais 30. A medida foi solicitada após relatos de que as vítimas tinham receio de procurarem a polícia enquanto o suspeito estava em liberdade.
A defesa do professor anunciou que ingressará com pedido de Habeas Corpus, alegando desproporcionalidade da prisão.
A OAB/RS abriu processo ético-disciplinar no Tribunal de Ética e Disciplina para apuração dos fatos.
Trajetória profissional
Conrado Paulino da Rosa atuava como professor da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) até 18 de setembro, quando foi demitido. Ele lecionava em cursos de graduação, mestrado e pós-graduação, além de já ter presidido a seção gaúcha do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM-RS). É autor de livros e artigos sobre Direito de Família.
Depoimentos das vítimas
Relatos colhidos pela polícia e pela imprensa apontam situações de estupro, agressões físicas e violência psicológica. As mulheres descrevem mudanças bruscas de comportamento, manipulação e intimidação durante relacionamentos com o professor.
A Polícia Civil continua reunindo depoimentos e espera que novas denúncias sejam formalizadas nos próximos dias.