
O Brasil já contabiliza 43 notificações de intoxicação por metanol, sendo 39 em São Paulo e 4 em Pernambuco, segundo o Ministério da Saúde. Até o momento, há 10 casos confirmados, uma morte comprovada e outras sete em análise.
Situação em São Paulo
O balanço divulgado nesta quarta-feira (1º) aponta que o estado tem 10 casos confirmados e 29 em investigação.
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1 morte confirmada por ingestão de bebida adulterada
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5 mortes sob investigação ainda sem laudo conclusivo
Casos em Pernambuco
No estado do Nordeste, foram registradas 4 notificações suspeitas e 2 mortes em apuração.
Orientações do Ministério da Saúde
O órgão emitiu uma nota técnica a estados e municípios reforçando a necessidade de notificação imediata e detalhando condutas clínicas para atendimento dos pacientes.
O perigo do metanol
O metanol é um álcool de uso industrial, altamente tóxico quando ingerido. Pode causar:
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Comprometimento da visão, podendo levar à cegueira
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Danos à medula, cérebro e rins
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Insuficiência respiratória
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Coma e morte
Casos graves relatados
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Rafael Anjos Martins, 28 anos, está em coma desde 1º de setembro após consumir gin comprado em uma adega na Zona Sul de São Paulo.
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Radharani Domingos, 43 anos, perdeu a visão após tomar caipirinhas em um bar dos Jardins; o local foi interditado.
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Bruna Araújo de Souza, 30 anos, está em estado grave em São Bernardo após consumir vodca em um show.
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Wesley Pereira, 31 anos, sofreu AVC e perdeu a visão depois de beber whisky adulterado em uma festa.
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Marcelo Lombardi, advogado de 45 anos, morreu após ingerir vodca contaminada comprada em uma adega do Sacomã.
Contexto recente
O alerta ocorre semanas após a Polícia Civil interditar bares e adegas em São Paulo por suspeita de venda de bebidas adulteradas. Autoridades reforçam que apenas exames laboratoriais podem detectar a presença de metanol em destilados como vodca, gin e whisky.