
O Rio Grande do Sul terá, a partir da próxima semana, estrutura própria para realizar testes de detecção de metanol em bebidas e em pacientes com sintomas de intoxicação. A medida é coordenada pelo Centro de Informação Toxicológica (CIT) e faz parte do reforço nas ações de vigilância após casos registrados no país.
Estrutura pronta para iniciar testes
A Secretaria Estadual da Saúde confirmou que os equipamentos já foram adquiridos e estão em fase de testes e padronização.
As análises serão feitas pelo CIT, que passará a receber notificações de casos suspeitos e oferecer suporte aos profissionais da saúde.
Hoje, os exames são realizados apenas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Como funciona o teste
O método utilizado é a cromatografia gasosa, tecnologia capaz de identificar o metanol em meio a outras substâncias. O procedimento envolve:
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Mistura da amostra suspeita com cloreto de sódio
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Incubação em temperatura elevada
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Análise do vapor por meio do cromatógrafo
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Emissão de gráfico que indica a presença e concentração de metanol
Segundo o professor Rafael Linden, da Universidade Feevale, o tempo médio por teste é de cinco minutos. Porém, a demanda elevada pode atrasar os resultados, já que o equipamento analisa uma amostra por vez.
Medicamentos e antídotos
O governo estadual também realiza:
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Levantamento de estoques de etanol farmacêutico, usado no tratamento
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Aguardando envio de antídoto específico, comprado pelo Ministério da Saúde
O atendimento e notificações ao CIT podem ser feitos pelo telefone 0800-721-3000, com plantão 24 horas por dia.
Casos em investigação
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1 caso suspeito está em investigação em Porto Alegre
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17 casos confirmados no Brasil
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2 mortes registradas em São Paulo
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12 óbitos seguem sob apuração
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217 notificações em todo o país por consumo de bebidas adulteradas