
Líderes de mais de 20 países oficializaram nesta segunda-feira (13), em uma cúpula no Egito, o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, após dois anos de guerra entre Israel e o grupo Hamas. Nenhum dos dois lados do conflito participou da cerimônia.
A assinatura ocorreu em Sharm El-Sheik e contou com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e dos chefes de Estado do Egito, Turquia e Catar, países que mediaram as negociações. Segundo Trump, o encontro representa “um dia histórico” e o “fim de uma era de mortes e terror”.
Reféns libertados horas antes
O anúncio do acordo coincidiu com a libertação dos últimos 20 reféns israelenses vivos pelo Hamas. Ao longo da guerra, 251 pessoas foram sequestradas; 48 ainda estavam sob poder do grupo, mas Israel afirma que 28 delas morreram no cativeiro.
Em troca, o governo israelense libertou cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua.
Próximos passos e incertezas
O plano de paz, articulado por Trump e apresentado em setembro, prevê:
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Fim dos ataques aéreos em Gaza
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Recuo gradual das tropas israelenses
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Criação de um conselho internacional para administrar Gaza no pós-guerra
Apesar do cessar-fogo formalizado, detalhes importantes seguem indefinidos, como o desarmamento do Hamas e a transição de governo na Faixa de Gaza. Israel não participou da assinatura, alegando coincidência com feriado judaico.