HPS de Porto Alegre faz primeiro transplante gaúcho de membrana amniótica em criança com queimadura
Procedimento foi realizado em bebê de 1 ano e 5 meses vítima de queimadura por óleo quente; técnica está recém incorporada ao SUS.

O Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre realizou o primeiro transplante de membrana amniótica em criança no Rio Grande do Sul desde a incorporação oficial da técnica pelo SUS. O paciente é um bebê de 1 ano e 5 meses, atingido por óleo quente em Mostardas, no Litoral Norte.
Técnica acelera cicatrização e reduz internação
O procedimento foi feito em até 48 horas após o acidente, o que é considerado ideal para evitar infecções e a necessidade de múltiplos curativos. O caso envolveu cerca de 8% da superfície corporal queimada.
A membrana amniótica, coletada com autorização no parto, possui propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes. Após aplicada, permanece aderida por até 14 dias e se dissolve naturalmente com o processo de regeneração da pele.
Com esse recurso, a expectativa é que o tempo de internação seja reduzido em até nove dias, com menor dor e menos risco de complicações.
Estrutura da rede viabiliza resposta rápida
O transplante foi possível graças à articulação entre o HPS e o Banco de Tecidos da Santa Casa de Porto Alegre, responsável pela preparação e distribuição da membrana. Desde outubro, cinco procedimentos do tipo foram realizados na capital, e o HPS realizou o segundo em crianças.
A equipe médica foi liderada pelos cirurgiões Renato Rodrigues e Carla Sulzbach, com apoio de anestesistas e equipe de enfermagem especializada.
O Ministério da Saúde determinou que os serviços de saúde têm até dezembro para se adequar à nova técnica, mas Porto Alegre já se antecipou com estrutura e protocolos em funcionamento.






