Correios aprovam plano de reestruturação com fechamento de até 1 mil agências e demissões
Plano da estatal inclui empréstimo de até R$ 20 bilhões, venda de imóveis e novo PDV para enfrentar déficit, ao mesmo tempo em que garante universalização dos serviços.

Os Correios aprovaram um plano de reestruturação que prevê o fechamento de até 1 mil agências classificadas como deficitárias, além de um novo programa de demissão voluntária, venda de imóveis e contratação de operação de crédito de até R$ 20 bilhões. A medida é parte de um pacote voltado a diminuir prejuízos e reorganizar a operação.
Principais medidas do plano
O conjunto de ações aprovado pela diretoria da estatal inclui mudanças estruturais e financeiras voltadas à redução de despesas e ao aumento da eficiência operacional.
- Fechamento de até 1 mil agências com baixo desempenho;
- Programa de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir custos trabalhistas;
- Venda de imóveis com expectativa de arrecadação próxima de R$ 1,5 bilhão;
- Operação de crédito de até R$ 20 bilhões para reforço de caixa;
- Revisão de benefícios internos e ajustes no plano de saúde dos empregados;
- Foco reforçado no comércio eletrônico e em parcerias logísticas.
Cronograma e metas da estatal
O plano foi dividido em três etapas: recuperação financeira, consolidação e crescimento. A projeção interna é reduzir o déficit a partir de 2026 e retomar a lucratividade em 2027.
A estatal afirma que, mesmo com o fechamento de unidades, a missão de garantir a universalização dos serviços postais continua entre suas prioridades estratégicas.
Motivações e possíveis impactos
A reestruturação ocorre após anos de queda nas receitas tradicionais e aumento dos custos operacionais. Com uma rede de mais de 10 mil agências e cerca de 80 mil empregados, a empresa busca um novo modelo para sustentar sua presença nacional.
Para municípios pequenos, especialmente em regiões rurais, o fechamento de unidades pode representar alterações na rotina de acesso aos serviços. A empresa não detalhou quais localidades serão afetadas.
A expectativa é que a modernização da estrutura, somada ao reforço no segmento de encomendas, ajude a reposicionar os Correios no mercado logístico.






