Queda de granizo quebra vidros, destrói telhados e deixa mais de 150 feridos em Erechim

Um temporal com granizo atingiu Erechim na tarde de domingo (23) e deixou mais de 150 pessoas feridas, além de provocar danos generalizados em veículos, casas e prédios públicos. A prefeitura decretou situação de emergência após o registro de telhados destruídos, vidros estilhaçados e moradores desabrigados. A queda de granizo começou por volta das 16h40 e durou cerca de 20 minutos, segundo relatos da população.

Casas, carros e serviço público danificados

Na manhã desta segunda-feira (24), ruas e bairros ainda exibiam o rastro de destruição. Capôs amassados, para-brisas quebrados e telhados perfurados foram registrados em diferentes pontos.

Moradores relataram que as pedras de gelo tinham grande tamanho e caíram com força incomum.

“Foi fechar as portas e começou a descer pedra. Pedra, mesmo!”, disse Leomar Nardi, que teve o carro danificado.

As autoridades informaram que os feridos foram atingidos principalmente por estilhaços e telhas quebradas. Uma pessoa permanece internada na UTI, em estado estável, segundo o prefeito Paulo Polis.

A rede de saúde ficou sobrecarregada, exigindo a abertura da UPA para reforçar o atendimento. Também há registros de bairros sem energia e com instabilidade de internet e telefonia.

Ação emergencial e apoio estadual

O governo do Estado liberou R$ 1,5 milhão para a compra de telhas que serão distribuídas às famílias afetadas. Equipes da Defesa Civil estadual atuam na avaliação dos danos e no apoio às equipes municipais.

O estrago em números

• 152 feridos

• 12 desabrigados

• 25,9 mil pessoas afetadas (6,4 mil famílias)

• 35 escolas danificadas (15 municipais e 20 estaduais)

• 12 unidades básicas de saúde afetadas

Lonas seguem sendo entregues à população para cobrir casas destelhadas.

Como se forma o granizo

O fenômeno ocorre dentro das nuvens cumulonimbus, estruturas com temperaturas negativas em parte de sua extensão. Nessas áreas, pedaços de gelo se formam e crescem até ficarem pesados demais para serem sustentados pelas correntes internas, caindo então em direção ao solo. Mesmo que parte do gelo derreta durante a queda, as pedras podem atingir tamanhos expressivos.

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