Trump rebatiza Instituto da Paz com seu próprio nome às vésperas de acordo internacional
Placa com nome do presidente foi fixada na sede da organização em Washington. Ação ocorre antes da assinatura de pacto entre Ruanda e República Democrática do Congo, com mediação norte-americana.

O governo dos Estados Unidos renomeou oficialmente o Instituto da Paz, com sede em Washington, como “Instituto de Paz Donald J. Trump”. A alteração ocorreu nesta quarta-feira (3), véspera do acordo entre Ruanda e República Democrática do Congo que será assinado no local com participação do presidente norte-americano.
Mudança em órgão independente
A decisão foi confirmada pelo Departamento de Estado em nota oficial:
“Nesta manhã, o Departamento de Estado renomeou o antigo Instituto de Paz para refletir o maior negociador de acordos da história da nossa nação”.
O Instituto da Paz dos Estados Unidos é uma instituição apartidária e sem fins lucrativos, financiada pelo Congresso, com a missão de apoiar a resolução de conflitos violentos no exterior. Embora atue de forma independente, a organização passou por tentativas recentes de controle direto por parte do governo.
Conflito no Congo e acordo internacional
A mudança de nome acontece às vésperas da assinatura de um acordo entre Ruanda e República Democrática do Congo, previsto para esta quinta-feira (4), no próprio instituto. O pacto tem mediação dos Estados Unidos e presença confirmada de Trump.
O conflito, impulsionado pelo avanço do grupo rebelde M23 no leste do Congo, gerou temor de guerra mais ampla na região.
Disputa judicial e críticas
A medida de renomeação ocorre meses após o governo Trump tentar tomar o controle da organização, substituindo lideranças e promovendo demissões. A iniciativa foi barrada por decisão judicial, que classificou a ação como “tomada grosseira de poder”. Desde então, o instituto atua de forma limitada.
A Casa Branca defendeu a homenagem. A porta-voz Anna Kelly afirmou:
“Agora, o Instituto de Paz Donald J. Trump, que é lindamente e apropriadamente nomeado em homenagem a um presidente que encerrou oito guerras em menos de um ano, servirá como um poderoso lembrete do que uma liderança forte pode realizar pela estabilidade global.”
A alegação de que Trump teria encerrado oito guerras é amplamente contestada por analistas internacionais. Conflitos como o de Israel e Hamas seguem em curso.






