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Estudo alemão pagará R$ 140 mil para quem aceitar viver 100 dias como astronauta

Seis pessoas serão isoladas em simulação de estação espacial na cidade de Colônia, em experimento apoiado pela Agência Espacial Europeia

Um estudo inédito na Alemanha vai selecionar seis voluntários para passar 100 dias em confinamento simulando a rotina de astronautas em missões espaciais. O experimento será realizado em Colônia, e cada participante receberá 23 mil euros como compensação — cerca de R$ 140 mil.

Missão simulada

Organizado pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e financiado pela Agência Espacial Europeia (ESA), o estudo, batizado de SOLIS1000, tem como objetivo avaliar os impactos físicos e psicológicos do isolamento prolongado em condições semelhantes às vividas por astronautas em missões para a Lua ou Marte.

A simulação será conduzida no Instituto de Medicina Aeroespacial, com início previsto para abril de 2026 e duração total de 126 dias, incluindo etapas de preparação e recuperação.

Regras e rotina

Durante o confinamento:

  • Os voluntários seguirão um cronograma rígido, com tarefas diárias de pesquisa e simulação operacional.

  • Banhos serão limitados a dois por semana, e sonecas diurnas são proibidas.

  • O ambiente será fechado, sem luz natural nem contato externo.

  • Os únicos locais sem câmeras serão os dormitórios e banheiros.

  • Cada participante poderá levar apenas 1,5 kg de pertences pessoais.

Quem pode se candidatar

O perfil exigido inclui:

  • Idade entre 25 e 55 anos

  • Boa saúde física e mental

  • Atividade física regular

  • Proficiência em inglês

  • Formação superior, preferencialmente em áreas como medicina, tecnologia ou engenharia

O processo de seleção inclui exames médicos, físicos e psicológicos. Candidatos de fora da União Europeia, inclusive brasileiros, podem se inscrever, desde que obtenham visto e seguro de viagem por conta própria.

Estudo paralelo com cama inclinada

Paralelamente, o DLR também conduz outro experimento em parceria com a Nasa, focado em simular os efeitos da ausência de gravidade sobre o corpo humano. Os participantes devem permanecer 60 dias deitados em camas inclinadas, para provocar o deslocamento de fluidos corporais, como ocorre no espaço.

O objetivo é entender e prevenir os problemas motores que astronautas enfrentam ao retornar à Terra.

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