FORÇA DO VALE 40 ANOS: Onde os fatos têm força

AgroColuna AgroDestaques

A missão do agro brasileiro é preservar e produzir

Diesel

A cotação do diesel está em um dos maiores valores da história brasileira, segundo a série histórica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Baixos estoques mundiais forçam a elevação dos preços. No entanto, este valor influencia diretamente o custo de produção de alimentos e do transporte de toda a cadeia agropecuária e abastecimento de alimentos e insumos básicos, elevando o custo de vida da população.

Os estoques de diesel do Brasil são baixos, visto que apesar do Brasil ser autossuficiente em petróleo, depende de importações de derivados como gasolina e diesel, sendo afetado pelo preço e oferta mundiais. Pelo menos 25% do diesel consumido no Brasil, é importado de outros países. O risco de desabastecimento tem preocupado alguns setores da economia, principalmente para o segundo semestre do ano. Porém, os estoques baixos não são apenas no Brasil, como no resto do mundo. Vale nesse momento pensar bem nas atividades agrícolas, otimizando manejos e recursos.

A cor da casca

Ao longo dos anos, os ovos de casca com coloração avermelhada tipicamente possuíram preço mais elevado em relação aos de cascas brancas. Sem diferenças nutricionais entre ambos, a diferença de preço era somente devido à raça das galinhas, que proporcionava além da coloração, por vezes uma produtividade distinta devido a genética. A redução do poder de compra do brasileiro, devido ao alto custo dos alimentos, forçou o estreitamento entre os valores do produto, independente da coloração da casca.

O que é crédito de carbono?

Os créditos de carbono podem ser como uma moeda, em que cada crédito de carbono, é o equivalente a uma tonelada de carbono que deixa de ser emitida. Há algum tempo, o mundo inteiro está preocupado em reduzir a emissão de gases de efeito estufa, que são os gases responsáveis pelo aumento da temperatura média mundial. Por isso, os créditos de carbono vêm com a oportunidade der ser uma moeda de troca, em que países que emitem altos níveis de gases potencialmente poluidores, podem adquirir créditos de carbono de países que tem estes créditos sobrando, seja pela produção de alimento, engenharia civil, indústrias, ou outras atividades conduzidas de forma mais sustentável, fazendo com que sobrem créditos de carbono.

A emissão de gases de efeito estufa pode ser reduzida, através do uso de fontes de energias renováveis, redução do consumo urbano e do uso de combustíveis fósseis, como o petróleo, gás natural e carvão, por exemplo. Porém, em alguns países da Europa, por exemplo, ainda se utiliza de forma expressiva o carvão, que é um dos combustíveis mais poluidores. Por isso, as oportunidades para o mercado brasileiro são gigantes, quando observadas as boas práticas agrícolas conduzidas com sistema plantio direto na agricultura e integração lavoura pecuária. Isso sem considerar as florestas, que guardam bilhões de toneladas de carbono.

Porém a ferramenta dos créditos de carbono deve crescer juntamente da legislação brasileira, que deve ser cumprida rigorosamente. A Embrapa, junto de empresas parceiras, estuda há anos a melhor forma de fixar o carbono no solo, além de medir, verificar e expor os dados, preparando e embasando o Brasil para ser um grande produtor desta, que promete ser a nova commodity mundial.

A se comemorar

No dia 1 de junho comemorou-se o dia mundial do leite. Atualmente, os custos de produção do setor Leiteiro preocupam, visto que já cresceram fortemente neste ano, impactados principalmente pela alta dos insumos básicos para a produção de forragens. Este custo é em média 50% da composição do custo do litro de leite para o produtor. Devido à guerra, que pressionou a demanda mundial por produção de alimentos, os insumos como fertilizantes, combustíveis, energia e defensivos, ficaram mais valorizados, carregando com eles, o custo de produção do litro do leite.

No entanto, apesar das dificuldades, é importante lembrarmos que a produção de leite nos últimos anos permitiu uma maior eficiência alimentar e de produção de leite, pelo refinamento do conhecimento da biologia dos animais, selecionando através de melhoramento genético, animais mais saudáveis e produtivos, que permitem o melhor uso de recursos, propiciando a melhor eficiência alimentar. Todos estes fatores devem-se pelo profundo estudo da nutrição dos animais, além das melhorias de conforto e bem-estar animal. Com isso, as vacas leiteiras “de hoje em dia” possuem maior capacidade de transformar em leite, as forragens ingeridas, tornando o sistema mais eficiente. Estudos avaliaram o impacto ambiental, utilizando como medida para comparação a pegada de carbono.

Para a produção de leite em 2007, a pegada de carbono foi apenas 37% da pegada de carbono tida em 1944, quando as vacas e o sistema produtivo eram menos eficientes. No Brasil, além de todas estas melhorias, hoje é cada vez maior a adoção dos sistemas de integração lavoura pecuária floresta, em que são potencializados os ganhos ambientais, de melhoria de solo, aumento do estoque de carbono no solo, tornando os sistemas agrícolas ainda mais sustentáveis e produtivos. Hoje, com a evolução dos sistemas produtivos, embasados em muita pesquisa aplicada nas mais diversas realidades e biomas brasileiros, temos muitos motivos para comemorar. Seja em ganhos de produtividade, ou ganhos ambientais… Por isso, aproveitamos este embalo, e comemoramos neste próximo dia 5, o dia mundial do Meio Ambiente!

Área destinada à proteção e preservação da vegetação nativa no Brasil

Enquanto isso no Brasil…

Em nosso país, onde o agro é frequentemente exposto e atacado em mídia internacional, as áreas de preservação compõem 66% do território brasileiro, enquanto a parcela ocupada para fins agropecuários é de 30,2%. No Brasil as APPs estão descritas em lei federal e se referem à “área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.”

Esta área a ser preservada, pode ser de 20 a até 80% do território da propriedade, a depender do bioma, do tamanho da propriedade rural, da característica de fragilidade ambiental, entre outros. Além disso, a manutenção da diversidade no Brasil ocorre sem que haja incentivo ou subsídio do governo. Este é o momento de aproveitarmos esse assunto e explanar nossos feitos ambientais. Mais do que estarmos em cumprimento com as leis ambientais, neste momento o agro brasileiro mostra para o mundo sua missão, que é preservar e produzir, tornando novamente o Brasil, comparativamente à outras nações, muito mais verde.

Agro Dália

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fale conosco!